São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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Geração faz da arte a dimensão do absurdo

DO ENVIADO AO RIO

Mundos estranhos não são exclusividade da antiarquitetura de absurdos de Eduardo Berliner. Jovens pintores do país têm mergulhado no bizarro para construir suas telas.
Ana Prata garimpa na internet as fotografias insólitas que ressurgem transmutadas em suas pinturas. Se objetos domésticos, uma calça jeans pendurada atrás da porta e outras cenas parecem corriqueiras demais, uma vaca dentro de um Lada atravessando a neve dá a dimensão do absurdo na obra.
Rodrigo Bivar, outro jovem pintor egresso do grupo 2000 e Oito, usa um processo parecido com o de Berliner, remontando fotografias para lastrear suas séries de pinturas insólitas.
Abusa de enquadramentos incomuns para criar formas roliças. E visita universos fantásticos, com o de crianças fantasiadas e o de animais híbridos, como uma lhama-coelho.
Contrastam com o mundo estéril, mas não menos estranho, das telas de Rafael Carneiro. Ele também busca na internet suas imagens -salas e laboratórios, quase sempre vazios, como imagens de um circuito de vigilância.
A densidade em torno da imagem, espécie de aura de chumbo, aproxima do absurdo de Berliner. Em comum, esses tempos estranhos. (SM)


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