|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DOCUMENTÁRIO
"Painel" explica babel musical nacional
RODRIGO RAINHO SILVA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na maioria das vezes, a música é
explorada pela TV contemporânea de modo superficial, sem criatividade. Serve como atrativo de
shows ao vivo, trilhas sonoras de
filmes e novelas. Mas, amanhã,
ganha um tratamento educativo,
analítico, na TV Cultura.
O documentário "Painel Música", produção da emissora paulista com a GW Comunicação, faz
um panorama da música brasileira da segunda metade do século
20 até agora.
Nelson Motta, Jorge Mautner,
Zuza Homem de Mello e outros
cantores e compositores falam sobre teorias e definições da música
e movimentos do repertório nacional, como bossa nova, jovem
guarda e tropicalismo.
Rap e axé, mais recentes, e sertanejo, mangue beat e forró também são abordadas no documentário. "Temos nichos de produção
musical consistentes. "Painel Música" mostra isso. A tônica do programa é quebrar esse preconceito
contra o popular, é traçar o painel", diz o jornalista Fausto Fass,
50, diretor do programa.
Entre as personalidades e bandas destacadas, estão Tim Maia e
Raul Seixas (retratados como fenômenos dos anos 70), Paralamas
do Sucesso, Titãs e Barão Vermelho (anos 80), Renato Teixeira,
Gian & Giovani, Thaíde, DJ Hum,
Frank Aguiar, Fred Zero Quatro e
Bezerra da Silva. Marcelo D2 comenta a mistura de rock e rap do
Planet Hemp.
Na fala de Mautner, "o Brasil começou com a música". "As caravelas já se comunicavam por tambores", diz. "A MPB é uma babilônia de sons que se multiplicam e
vão avançando."
Nasi, do Ira!, questiona a diferença entre o popular e o erudito.
"A gente pode resumir que popular é tudo que não é erudito, mas é
muito mais que isso. É o poder de
usar a língua para fazer canções
que marquem as pessoas.
PAINEL MÚSICA. Quando: amanhã, à
0h15, na TV Cultura.
Texto Anterior: Política cultural: Governo e produtores tentam "resolver" ISS Próximo Texto: Contardo Calligaris: Filme do cão Índice
|