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Bebida
Adega alemã traz bons rieslings ao país
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A invasão dos vinhos de
garrafa azul (aqueles brancos importados maciçamente da Alemanha nos anos 80
e 90) teve efeitos nocivos,
mas alguns benéficos.
Por um lado, por serem leves e doces, introduziram no
mundo do vinho muitos consumidores, que partiram depois para goles mais secos e
sérios. Por outro, pela qualidade muitas vezes duvidosa,
criaram uma imagem negativa dos vinhos alemães
-um conjunto que conta
com alguns dos grandes
exemplares brancos do
planeta (especialmente os
de uva riesling).
"O pior de tudo é que esses
vinhos não têm um pingo de
riesling", disse o enólogo alemão Ernst Loosen, da Dr.
Loosen, renomada adega da
região de Mosela, sudoeste
da Alemanha. Loosen visitou
São Paulo para apresentar
uma pequena coleção de
rieslings da vinícola, que está
nas mãos da sua família há
mais de 200 anos.
Entre eles (todos safra
2006), agradou o Dr. L, uma
mescla de uvas de diferentes
vilarejos, levemente adocicado em boca, mas equilibrado por uma boa acidez, que
realça o sabor mineral e de
suave pêssego (88/100,
R$ 55). Muito atraente também o Ürziger Würzgarten
Kabinett, oriundo de um dos
velhos vinhedos da casa, intenso no aroma e no sabor de
abricó, pinceladas minerais
e mel, componentes que dominam um paladar vivaz e
muito persistente (90/100,
R$ 110; à venda na Expand,
tel. 0/xx/11/3847-4747).
Bom e barato
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
FINCA LAS MORAS MALBEC 2006
Avaliação: 83/100
Bom para: churrascos,
frios, queijos leves
Preço: R$ 16,90
Onde: no Pão de Açúcar
(tel. 0/xx/11/ 3842-2902)
PLATINO REDONDO
Este tinto nascido em
San Juan, Província vinícola
argentina em alta, mostra
taninos macios, boa estrutura, equilíbrio e conteúdo
de fruta.
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