São Paulo, quarta, 29 de julho de 1998

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HBO premia 'Staden', 'Terceira Morte' e Cronicamente Inviável'

Divulgação
Cena do filme "Hans Staden", que foi um dos premiados de anteontem do 3º Prêmio HBO Brasil de Cinema


ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local

Os filmes "A Terceira Morte de Joaquim Bolívar", "Cronicamente Inviável" e "Hans Staden" foram os vencedores do 3º Prêmio HBO Brasil de Cinema, realizado anteontem na cidade de São Paulo.
A premiação feita pelo canal pago HBO distribuiu aos vencedores cheques de R$ 100 mil, mais espaço publicitário no canal equivalente ao mesmo valor e uma telecinagem -processo de reprodução da película em vídeo-, com custo estimado em R$ 80 mil.
A festa foi apresentada pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho, diretor de programação e produção da HBO Brasil, e por Alessandra Castanho, que apresenta o programa "Papo Cinema" no canal Cinemax.
O primeiro a receber o prêmio das mãos da atriz Denise Fraga foi Sérgio Bianchi pelo filme "Cronicamente Inviável". "É muito bom ganhar", disse.
A produção de Bianchi conta a história de um restaurante que sintetiza as diferenças encontradas no Brasil.
A atriz e diretora Carla Camurati foi chamada e entregou o prêmio a "Hans Staden", de Luiz Alberto Pereira. Para ele, a premiação não chega a "fechar a conta" do orçamento de R$ 1,5 milhão da produção, mas ajuda a conseguir novos recursos para finalizar o filme.
"Um prêmio como esse não ajuda, faz acontecer", disse Pereira.
O filme conta a história de Hans Staden, que foi aprisionado pelos índios tupinambás e, para manter-se vivo, apelou para o misticismo e tornou-se curandeiro.
O terceiro premiado foi anunciado pela atriz Irene Ravache. Ela entregou o troféu para "A Terceira Morte de Joaquim Bolívar", de Flávio Cândido, que conta 30 anos da história de uma cidade no interior do Rio de Janeiro em que um cidadão comum enfrenta o líder político local.
O prêmio foi crucial para Cândido. "A pós-produção que eu preciso fazer vai custar cerca de R$ 80 mil que eu não tinha até agora."
O ponto alto da noite foi a entrega ao comediante Renato Aragão de um prêmio especial pelo conjunto da obra. Aragão começa a realizar seu 40º filme, "Simão, o Fantasma Trapalhão", na próxima semana.
Emocionado, o comediante foi aplaudido de pé e agradeceu contando uma piada no palco. Ewald Filho disse, ao entregar o prêmio, que a profissão de crítico é "muitas vezes superficial e injusta" e que Aragão está acima do bem e do mal. "Ele tornou-se parte do nosso inconsciente coletivo".



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