São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

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Misógino sim, mas ainda um filmaço

SÉRGIO DÁVILA
DA REPORTAGEM LOCAL

Freqüentemente, enredos misóginos dão bons filmes, como "O Resgate do Soldado Ryan", de Spielberg, em que mulheres não surgiam nem em plano secundário.
É o caso deste "Mestre dos Mares", um bando de homens dirigidos por Peter Weir, sem nenhum personagem feminino, fora as embarcações. É a velha obsessão do diretor: o isolamento como forma de superação e evolução pessoais.
É assim nesta aventura, em que uma tripulação liderada pelo capitão Jack Aubrey (Russell Crowe, sóbrio), tenta localizar e capturar a embarcação francesa inimiga Acheron, mais rápida e moderna -metáfora do amor impossível?
No caminho, eles têm de superar o mar e as condições da vida a bordo no século 18 e, com isso, vão se tornando homens melhores. Para tanto contam com a liderança de Aubrey e seu contraponto ilustrado -e melhor amigo-, o cirurgião Stephen Maturin (Paul Bettany, ótimo).
Resume o longa todo o incidente que leva a tripulação a ancorar nas Galápagos - exemplo acabado do isolamento, armado pela natureza para testar seus seres vivos. Em duas palavras: um filmaço.


Mestre dos Mares
Master and Commander

   
Produção: Reino Unido, 2003
Direção: Peter Weir
Com: Russell Crowe, Paul Bettany
Quando: a partir de hoje, nos cines Frei Caneca, West Plaza e circuito



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