DA REPORTAGEM LOCAL

Abril será também um mês de ópera na Osesp. Nos dias 13, 15 e 17 o maestro Ira Levin, ex-regente do Teatro Municipal de São Paulo, fará em versão de concerto o primeiro ato de "A Valquíria", de Richard Wagner (1813-1883).
A ópera, estreada em 1870, é o segundo capítulo do ciclo "O Anel do Nibelungo", monumento sonoro absolutamente portentoso.
Participam do primeiro ato apenas três personagens. Sieglinde será cantada pela soprano lituana Violeta Urmana, que já se apresentou no mesmo papel em Bayreuth. Siegmund terá o tenor americano Stephen Gould, que fará este ano o papel título de "Siegfried", no "Ring", também de Bayreuth. Hunding será o baixo americano, radicado em Belo Horizonte, Stephen Bronk.
Nos concertos de hoje, amanhã e sábado há também novidades. Sob a direção de John Neschling, o pianista Arnaldo Cohen inicia a gravação, ao vivo, das peças para piano e orquestra de Sergei Rachmaninov. Ele fará a "Rapsódia sobre um Tema de Paganini", que, ao lado dos concertos, será lançada pelo selo Biscoito Fino. No mesmo programa, a "Sinfonia nº 4", de Franz Schubert, que a Osesp também gravará.
Entre os dias 6 e 8 a Osesp estará sob a regência do maestro francês Sylvain Gasançon e trará o jovem pianista brasileiro Fábio Martino. Estão programados um concerto de Nikolai Medtner, pianista e compositor russo, e a "Sinfonia nº 8", de Dvorak.
Dos dias 20 a 22, três récitas regidas por Leif Segerstam, que esteve por aqui há dois anos, pelo Cultura Artística. Ele fará Sibelius e uma de suas próprias sinfonias, a de número -pasmem!- 149.
Por fim, entre 27 e 29 de abril, John Neschling regerá a "Sinfonia nº 1", de Tchaikowski, e a "Sinfonia para Violoncelo e Orquestra", de Britten, tendo como solista o francês Jean-Guihen Queyras, que se apresenta com um instrumento Gioffredo Cappa, de 1696.
(JBN)