São Paulo, sexta-feira, 30 de março de 2007

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Crítica

Busby Berkeley dá toque mágico ao entreguerras

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não é por acaso que o toque mágico de Busby Berkeley foi tão mais marcante no entreguerras do que no pós-guerra: o espírito militar, que anima suas coreografias mais que qualquer outra coisa, talvez tenha passado de moda subitamente.
Em "Sangue de Artista" (TCM, 20h20), digamos que em princípio nada diz respeito a atividades bélicas. Estamos em torno de um jovem candidato a artista (Mickey Rooney) que enfrenta decepções na carreira e obtém uma nova oportunidade em determinado momento, em companhia de sua "partner" (Judy Garland).
Mas este filme de 1939 parece animado pelas apreensões dos momentos que precedem a guerra. E esses jovens em busca de sucesso parecem saber que seu destino é a luta. Os personagens centrais, de resto, mais o espírito do musical, provocam uma explosão de vida (característica desses trabalhos de Rooney e Garland) contagiante. É um belo exemplo de filme que o tempo demonstra o quanto foi fiel ao espírito de sua época. Atual, portanto.


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