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Bolinho fofo
Assado em forminhas de papel e decorado, cupcake ganha versões de confeiteiros brasileiros
JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL
Por ser pequenino e colorido,
cupcake sempre foi associado a
criança -para ser feito e/ou comido por elas. Ao menos essa
foi a visão disseminada aqui.
Nos Estados Unidos, os bolinhos são uma febre que não
poupa nem os marmanjos.
Basta ver a quantidade de livros
sobre cupcakes na Amazon.
No Brasil, a moda começa a
chegar. Há cerca de um mês,
um chef-pâtissier francês lançou uma marca especializada
em cupcakes, a Le Petit Nicolas, que até o segundo semestre
deve ganhar um ponto de venda (leia mais à direita). A próxima investida do recém-aberto
ateliê de doces Jean et Marie é
o lançamento de uma linha de
cupcakes com quatro sabores.
"Tenho visto muito em casamento. Em vez de fazer aquele
bolo tradicional, montam uma
torre com vários cupcakes. A
atriz Juliana Paes fez isso no
dela", diz Carole Crema, 35, da
doceria La Vie en Douce, que
serve três sabores do bolinho.
O princípio do cupcake é
simples. É um bolo pequeno,
individual, assado em forminhas frisadas de papel e decorado com cobertura e confeitos.
Nas receitas americanas, geralmente são cobertos com um
creme à base de manteiga
("buttercream") ou glacê real.
"Creme manteiga é bem comum nos Estados Unidos e na
França. No Brasil, até os anos
80, usava-se muito. Até que resolveram incriminar a manteiga e o aboliram", diz Heloísa
Rodrigues, 38, professora e
coordenadora do curso de confeitaria e panificação da Universidade Anhembi-Morumbi.
Embora o formato do cupcake seja semelhante ao do
muffin, a professora esclarece
que eles se diferem pelo método de produção, o tipo de massa
e a textura. "Cupcake é um bolo
do tamanho de uma xícara [daí
o nome, em inglês], feito com
uma massa de bolo tradicional
que você coloca na forminha de
papel. O muffin tem uma massa
mais pesada. E o cupcake, tradicionalmente, é decorado."
Cupcakes de autor
A pedido da Folha, quatro
profissionais da confeitaria
criaram receitas de cupcake,
estampados nesta página, seguindo uma única recomendação: ser um doce de autor capaz
de traduzir a linha de trabalho
seguida por cada um deles.
O chef confeiteiro Flavio Federico, da Sódoces, usou um sabor clássico já empregado em
outros doces seus: uma mistura de coco, castanha-do-pará e
goiabada. A doceira Juliana
Motter, 32, da Maria Brigadeiro, fez um bolinho de chocolate
com cinco opções de cobertura,
todas à base de brigadeiro.
Mara Mello, da pâtisserie homônima, recorreu ao morango
com mel de trufas, acrescido de
um creme de baunilha. E Carole Crema, da La Vie en Douce,
fez um bolinho de chocolate
com um brigadeiro em cima.
Folha Online
Leia outras receitas
www.folha.com.br/091191
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