JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A Bairrada é conhecida por seus tradicionais tintos de uva baga, exemplares de guarda, tânicos, que precisam ficar muito tempo na adega para arredondar.
Mas graças a produtores inovadores, como Luis Pato, têm surgido na região do centro português goles estruturados, mas macios, com um perfil moderno, que podem ser consumidos jovens.
Os vinhos da Colinas de São Lourenço, que acabam de aportar no Brasil, pertencem a esse novo time. A adega conta com cerca de 80 hectares de vinhas em que convivem cepas nativas e francesas, como a cabernet.
Os vinhos são assinados por uma equipe de similar viés franco-luso: o gaulês Pascal Chatonnet (consultor de adegas locais, como a Aliança ou a Altair, no Chile) e o português Antonio Selas.
A dupla modela uma série de vinhos redondos e equilibrados, com fruta bem definida.
Entre eles, menção para o Touriga Nacional-Pinot Noir 2008, um rosé atraente (frutas vermelhas e cítricas) com paladar vivaz (86/100, R$ 35). Na ala rubra, destaque para dois 2006. Um é o Tinto, encorpado, mesclando cerejas e especiaria, bom para uma carne assada (87/ 100). O outro é o Baga-Merlot, que une fruta (groselha, jabuticaba) com tons de cedro, tabaco e baunilha, num sabor longo (88/100, ambos a R$ 49, na Grand Cru, tel. 0/xx/11/3062-6388).

jcarrar@attglobal.net


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