São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 2005

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REPERCUSSÃO

INEZITA BARROSO, apresentadora do "Viola, Minha Viola":
"Eu gostava demais dela pela pureza, simplicidade cabocla e autenticidade. A música dela refletia tudo isso. Ninguém sabia nada sobre aquele estilo de música do Mato Grosso do Sul até a Helena aparecer, com a viola tocada com palheta. Ela trouxe um punhado de novidades. Uma grande perda."

ALMIR SATER, cantor, compositor e violeiro:
"Ela é nossa resistência. A comparo com uma grande guerreira da viola, ainda mais nesse cenário de quase imbecilidade musical. Ela traz os toques mais profundos do fundão pantaneiro, um toque puro, genuíno, virtuoso e de bom gosto. O espaço dela é único. Existem coisas maravilhosas nas profundezas do Brasil. Que isso sirva de lição."

RENATO TEIXEIRA, cantor e compositor:
"Ela é muito representativa dessa região pantaneira do Brasil. Teve uma história muito bonita, cumpriu um ciclo de heroísmo, de talento e de determinação. A vida dela foi dramática, mas heróica e, no final, compensadora."

SÉRGIO REIS, cantor:
"Tive o prazer de gravar uma música com ela. Era uma pessoa muito cativante, verdadeira. O mal é que o artista brasileiro é ignorado aqui. A Helena, dentro da sua simplicidade, era um exemplo."

PENA BRANCA, cantor:
"Ela é uma pessoa que lutou bastante, e o reconhecimento veio muito tarde. Torço para que as gerações mais novas conheçam o que ela fez."

IVAN VILELA, violeiro:
"Além de ser dona de uma técnica rebuscada, tinha um sotaque forte do Centro-Oeste. Como Maiakóvski disse, universal é o cantor que canta sua aldeia. A Helena foi assim. Trouxe a música do Mato Grosso do Sul no estado mais bruto, porém lapidada."

PAULO FREIRE, cantor, compositor e violeiro
"Dizem que o sertão mora dentro do bojo da viola. Por mais simples que fosse, ela trazia a essência e a história dela. Dona Helena carregava a cultura pantaneira na viola."


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