São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2010

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

Intimidade do diretor com o escritor é maior trunfo de longa

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

José Saramago olha seriamente para o computador. Os espectadores imaginam que ele busque palavras para um livro ou reflita sobre o mundo pós-comunismo.
A câmera se aproxima e revela que o Nobel está jogando paciência. O trunfo de "José & Pilar" é justamente este: a proximidade.
O diretor desfrutou por anos de quase total intimidade com Saramago e a mulher, Pilar Del Río. Daí tirou, na essência, uma história de amor, mais derramada que o autor se permitiria nos livros.
Mas, nas entrelinhas, há outros filmes possíveis, sobre intrigas literárias, preconceitos, relações com o poder, a fama e a falência do corpo. E talvez um sobre um homem que gostava de jogar paciência -e, pelo visto, era excepcional nisso também.

JOSÉ & PILAR

DIREÇÃO Miguel Gonçalves Mendes
QUANDO hoje, às 20h10, no Unibanco Arteplex; amanhã, às 21h30, no Cine Livraria Cultura; segunda, às 16h10, no Belas Artes
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom


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