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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO
Intimidade do diretor com o escritor é maior trunfo de longa
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
José Saramago olha seriamente para o computador.
Os espectadores imaginam
que ele busque palavras para
um livro ou reflita sobre o
mundo pós-comunismo.
A câmera se aproxima e revela que o Nobel está jogando paciência. O trunfo de "José & Pilar" é justamente este:
a proximidade.
O diretor desfrutou por
anos de quase total intimidade com Saramago e a mulher,
Pilar Del Río. Daí tirou, na essência, uma história de
amor, mais derramada que o
autor se permitiria nos livros.
Mas, nas entrelinhas, há
outros filmes possíveis, sobre intrigas literárias, preconceitos, relações com o poder, a fama e a falência do
corpo. E talvez um sobre um
homem que gostava de jogar
paciência -e, pelo visto, era
excepcional nisso também.
JOSÉ & PILAR
DIREÇÃO Miguel Gonçalves
Mendes
QUANDO hoje, às 20h10, no
Unibanco Arteplex; amanhã, às
21h30, no Cine Livraria Cultura;
segunda, às 16h10, no Belas Artes
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom
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