São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 2006

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Guia defende "patrimônio imaterial"

DA SUCURSAL DO RIO

O surgimento, em 1999, do "Rio Botequim", até hoje apoiado pela prefeitura, foi fundamental para a valorização na cidade desse tipo de estabelecimento, normalmente malvisto pelos abastados. O efeito colateral foi o surgimento dos especialistas de botequim (os "botequineurs"), gente que mede a espuma do chope ou faz tratados sobre a textura da empada.
Mas o guia também incentivou pessoas de bem, como garçons. Chico (Bracarense), Paiva (Jobi), Cícero (Nova Capela) e Lacerda (Hipódromo), por exemplo, se tornaram figuras de toda a cidade.
E difundiu a qualidade de bares pequenos que atraíam um público também reduzido. É o caso do Adega D'Ouro, Adonis, Bar da Amendoeira, Bar do Adão e Salete, todos na zona norte.
"Há casas únicas, com poucos mas ótimos pratos, que estão perdendo espaço com o avanço dos restaurantes a peso. Acho que o livro é uma forma de defesa desse patrimônio imaterial da cidade", diz Guilherme Studart.
O "Rio Botequim" de um autor só é uma novidade deste ano. Até 2004, um júri escolhia os vencedores em categorias como melhor chope, melhor petisco e melhor bar. Nesta categoria, o Bracarense foi vencedor por mais vezes. No ano passado, o guia não foi feito. (LFV)


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