São Paulo, terça-feira, 31 de julho de 2007

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REPERCUSSÃO

WOODY ALLEN, cineasta norte-americano
"Estou muito sentido. Ele era um amigo e certamente o melhor diretor na minha vida."

LUIZ CARLOS BARRETO, produtor de cinema
"Bergman foi a pessoa que mais soube usar o silêncio como linguagem, a que soube mostrar a importância dos silêncios no cinema. Hoje isso virou uma coisa rara. O cinema virou um barulho tão grande, que ver hoje um filme de Bergman voltou a ser um ato revolucionário. Seus filmes são também um tratado sobre as relações humanas, sobre as relações amorosas. Já cheguei a rever cinco vezes um mesmo filme de Bergman. Cada vez você descobre algo mais, já que é o cinema do que está escondido na alma, na cabeça dos personagens. É um cinema de reflexão, mas sem ser didático, chato, intelectual, já que é um cinema de emoção. Ele está definitivamente entronizado entre os deuses do cinema."

HECTOR BABENCO, cineasta
"Foi o meu pilar primeiro [de formação]. Vi "A Fonte da Donzela" aos 14 anos. Junto de "O Sétimo Selo" e "Noites de Circo", são filmes de formação. Quando eu era pequeno, vi que queria ser como ele. Até hoje estou fazendo força para isso."

CARLOS REICHENBACH, cineasta
"Era um dos grandes. Poucos refletiram com tanta propriedade a alma feminina, com uma visão poderosa, abrangente e densa. Sua forte formação teatral o fez um dos maiores diretores de atores do cinema. Poucos cineastas utilizaram tão bem o close e o silêncio."

RICHARD ATTENBOROUGH, cineasta britânico
"O mundo perdeu um de seus maiores cineastas."

BILLE AUGUST, cineasta dinamarquês
"Era uma das maiores personalidades do mundo. Havia Kurosawa, Fellini e então Bergman. Agora ele se foi. É uma grande perda. Estou chocado."

MANOEL DE OLIVEIRA, cineasta português
"Perdemos um grande homem. Um diretor que superou a linha da genialidade."

ANDRZEJ WAJDA, cineasta polonês
"O cinema perdeu um artista que sabia descobrir a alma de seus heróis. Bergman nos convidou a entrar nas casas dos suecos e conhecer seus problemas, sonhos e perplexidades."

LAURENT DELMAS, pesquisador e crítico francês
"Não há um sério diretor francês que não tenha assistido a Bergman e pegado elementos, consciente ou inconscientemente, para ele mesmo."

GILLES JACOB, diretor do Festival de Cannes
"Foi o último dos grandes, porque provou que o cinema pode ser tão profundo quanto a literatura. Era o diretor da condição humana, da miséria do homem, do mistério feminino."

GIANLUIGI RONDI, diretor do Festival de Veneza
"O seu cinema era difícil, introspectivo, e ele não gostava de fazer qualquer concessão."

FREDRIK REINFELDT, premiê da Suécia
"Eu acredito que é difícil compreender de modo completo a contribuição que Bergman deu ao filme e ao drama sueco. Suas obras são imortais."

NICOLAS SARKOZY, presidente da França
"O sonho acabou e a música silenciou na noite da ilha de Farö, onde Bergman morreu. A França, uma terra da exceção cultural, era querida para Bergman, honra sua memória."


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