São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2004

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FILMES

TV PAGA

"Simpsons" vai ao Halloween sem lugares-comuns

SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO

Há quem diga que o sucesso de "Os Simpsons" está nos detalhes. Uma fala aparentemente despretensiosa, uma música velha desenterrada para o contexto certo e pronto, lá está mais uma das boas sacadas que levam a série a se tornar, no ano que vem, a de mais longa duração na TV americana.
Detalhes também são atração dos especiais de Dia das Bruxas que desde a segunda temporada do desenho (e lá se vão 14 anos) são produzidos todo ano. A temática do terror, claro, é seguida, mas sem ficar presa aos lugares-comuns (abóbora, "doces ou travessura" etc.) que servem de muleta para roteiristas de sitcoms nesta época de ano.
Neste 31 de outubro, o canal Fox selecionou quatro desses episódios (1, 8, 13 e 14), exibidos em seqüência, sempre chamados de "A Casa da Árvore dos Horrores" -lugar onde, no capítulo inaugural, Lisa e Bart lembravam contos de terror, mas que não foi mais usado como cenário adiante.
Cada um dos três blocos que normalmente contam uma aventura completa da família de Springfield se torna uma história diferente. O especial também dá liberdade para que regras sejam quebradas -nem sempre Springfield é a cidade ou os Simpsons estão no presente- e o nonsense é usado como nunca.
E é em episódios como o de número oito que as referências e mensagens -nem sempre explícitas, e aí é que está a graça- fazem a série memorável. No bloco final, os Simpsons estão em uma vila à la Salem, e Margie é tomada como bruxa. As boas tiradas de sempre aqui servem para mais revelar o espírito farisaico de personagens como Flanders, reforçando o espírito crítico do desenho, travestido de sátira, em relação à sociedade norte-americana.


SIMPSONS - A CASA DA ÁRVORES DOS HORRORES. Quando: hoje, a partir das 20h, no canal Fox.

TV ABERTA

Bond vale pelo humor, agilidade e "gadgets"
SBT, 13h.
(Octopussy). Inglaterra, 1983, 131 min. Direção: John Glen. Com Roger Moore, Maud Adams, Louis Jourdan. Um James Bond animado nos leva da Alemanha Oriental à Índia, enquanto tenta impedir que um general soviético e seus asseclas destruam a Europa ocidental. Valem o humor, a agilidade, os "gadgets".

Lucky Luke
Record, 16h.
(Lucky Luke). Itália, 1991, 83 min. Direção: Terence Hill. Com Terence Hill, Nancy Morgan. Hill dirige e interpreta o herói do Oeste criado por René Goscinny para as histórias em quadrinhos.

O Pescador de Ilusões
Record, 18h.
(Fisher King). EUA, 1991, 138 min. Direção: Terry Gilliam. Com Jeff Bridges, Robin Williams, Amanda Plummer. Bridges é um radialista deprimido que, após deprimir também seus ouvintes, abandona a carreira e passa a viver nas ruas. Ali, encontra um antigo professor (Williams), que também largou tudo depois que perdeu a mulher (morta por um ouvinte influenciado pelo radialista). Drama crispado, excessivo, à moda de Gillian. Mas não é filme a desprezar.

Despertar de um Pesadelo
SBT, 23h.
(The Long Kiss Goodnight). EUA, 1996, 120 min. Direção: Renny Harlin. Com Geena Davis, Samuel L. Jackson, Patrick Malahide. Mulher sem memória há oito anos descobre, quando começam a querer matá-la, que no passado foi uma assassina da CIA, em quem alguém tentou dar fim. Agora, esse mesmo alguém volta à carga.

Perigo Iminente
Record, 23h15.
(Imminent Danger). EUA, 1999, 95 min. Direção: Catherine Cyran. Com Connie Sellecca, Mat McCoy. Casal de bem resolve ajudar homem que encontram ferido à beira de um lago, levando-o para um hospital. Problema: o cara era um bandido. Feito para TV.

O Homem que Queria Ser Rei
Bandeirantes, 1h.
(The Man Who Would Be King). EUA, 1975, 129 min. Direção: John Huston. Com Sean Connery, Michael Caine, Christopher Plummer. No fim do século 19, dois ex-soldados do Exército britânico trocam a Índia pelo imaginário Cafiristão. Ali, Sean Connery será adorado como deus e imortal por uma tribo. Aventura baseada em história de Rudyard Kipling, com elenco de primeira.

Uma Paixão em Florença
Globo, 1h30.
(Up at the Villa). Inglaterra/EUA, 2000, 115 min. Direção: Philip Haas. Com Kristin Scot Thomas, Sean Penn. Estamos na Itália, 1938, e num drama romântico onde Kristin, em meio a intrigas políticas, é cortejada pelo amigo inglês Edgar, mas se apaixona por um americano. Inédito.

Moby Dick
SBT, 2h20.
(Moby Dick). Austrália/Inglaterra, 1998, 180 min. Direção: Franc Roddam. Com Patrick Stewart, Henry Thomas, Gregory Peck. Adaptação para TV do célebre romance de Herman Melville sobre a luta do capitão Ahab (Stewart) com a enorme baleia branca, sua obsessão. A história é dessas que, mesmo o filme não sendo uma obra-prima, o espectador é levado por sua força. E Franc Roddam teve o bom-senso de dar um papel a Gregory Peck, que fez Ahab no filme de 1956.

Queimando-se Lentamente
Globo, 3h30.
(Burn Slow). EUA, 1986, 92 min. Direção: Mathew Chapman. Com Eric Roberts, Beverly D'Angelo, Johnny Depp. Detetive segue a pista do desaparecimento do filho de seu cliente, um artista plástico. De passagem, ele se apaixona pela ex-mulher do cliente. Mas o azar de ser detetive o persegue: ele descobre que ela está andando com um traficante da pesada. (IA)

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