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FILMES
TV PAGA
"Simpsons" vai ao Halloween sem lugares-comuns
SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO
Há quem diga que o sucesso de
"Os Simpsons" está nos detalhes.
Uma fala aparentemente despretensiosa, uma música velha desenterrada para o contexto certo e
pronto, lá está mais uma das boas
sacadas que levam a série a se tornar, no ano que vem, a de mais
longa duração na TV americana.
Detalhes também são atração
dos especiais de Dia das Bruxas
que desde a segunda temporada
do desenho (e lá se vão 14 anos)
são produzidos todo ano. A temática do terror, claro, é seguida,
mas sem ficar presa aos lugares-comuns (abóbora, "doces ou travessura" etc.) que servem de muleta para roteiristas de sitcoms
nesta época de ano.
Neste 31 de outubro, o canal Fox
selecionou quatro desses episódios (1, 8, 13 e 14), exibidos em seqüência, sempre chamados de "A
Casa da Árvore dos Horrores"
-lugar onde, no capítulo inaugural, Lisa e Bart lembravam contos de terror, mas que não foi
mais usado como cenário adiante.
Cada um dos três blocos que
normalmente contam uma aventura completa da família de
Springfield se torna uma história
diferente. O especial também dá
liberdade para que regras sejam
quebradas -nem sempre
Springfield é a cidade ou os Simpsons estão no presente- e o nonsense é usado como nunca.
E é em episódios como o de número oito que as referências e
mensagens -nem sempre explícitas, e aí é que está a graça- fazem a série memorável. No bloco
final, os Simpsons estão em uma
vila à la Salem, e Margie é tomada
como bruxa. As boas tiradas de
sempre aqui servem para mais revelar o espírito farisaico de personagens como Flanders, reforçando o espírito crítico do desenho,
travestido de sátira, em relação à
sociedade norte-americana.
SIMPSONS - A CASA DA ÁRVORES DOS
HORRORES. Quando: hoje, a partir das
20h, no canal Fox.
TV ABERTA
Bond vale pelo humor, agilidade e "gadgets"
SBT, 13h.
(Octopussy). Inglaterra, 1983, 131 min.
Direção: John Glen. Com Roger Moore,
Maud Adams, Louis Jourdan. Um James
Bond animado nos leva da Alemanha
Oriental à Índia, enquanto tenta impedir
que um general soviético e seus asseclas
destruam a Europa ocidental. Valem o
humor, a agilidade, os "gadgets".
Lucky Luke
Record, 16h.
(Lucky Luke). Itália, 1991, 83 min.
Direção: Terence Hill. Com Terence Hill,
Nancy Morgan. Hill dirige e interpreta o
herói do Oeste criado por René Goscinny
para as histórias em quadrinhos.
O Pescador de Ilusões
Record, 18h.
(Fisher King). EUA, 1991, 138 min.
Direção: Terry Gilliam. Com Jeff Bridges,
Robin Williams, Amanda Plummer.
Bridges é um radialista deprimido que,
após deprimir também seus ouvintes,
abandona a carreira e passa a viver nas
ruas. Ali, encontra um antigo professor
(Williams), que também largou tudo
depois que perdeu a mulher (morta por
um ouvinte influenciado pelo radialista).
Drama crispado, excessivo, à moda de
Gillian. Mas não é filme a desprezar.
Despertar de um Pesadelo
SBT, 23h.
(The Long Kiss Goodnight). EUA, 1996,
120 min. Direção: Renny Harlin. Com
Geena Davis, Samuel L. Jackson, Patrick
Malahide. Mulher sem memória há oito
anos descobre, quando começam a
querer matá-la, que no passado foi uma
assassina da CIA, em quem alguém
tentou dar fim. Agora, esse mesmo
alguém volta à carga.
Perigo Iminente
Record, 23h15.
(Imminent Danger). EUA, 1999, 95 min.
Direção: Catherine Cyran. Com Connie
Sellecca, Mat McCoy. Casal de bem
resolve ajudar homem que encontram
ferido à beira de um lago, levando-o para
um hospital. Problema: o cara era um
bandido. Feito para TV.
O Homem que Queria Ser Rei
Bandeirantes, 1h.
(The Man Who Would Be King). EUA,
1975, 129 min. Direção: John Huston.
Com Sean Connery, Michael Caine,
Christopher Plummer. No fim do século
19, dois ex-soldados do Exército
britânico trocam a Índia pelo imaginário
Cafiristão. Ali, Sean Connery será
adorado como deus e imortal por uma
tribo. Aventura baseada em história de
Rudyard Kipling, com elenco de primeira.
Uma Paixão em Florença
Globo, 1h30.
(Up at the Villa). Inglaterra/EUA, 2000,
115 min. Direção: Philip Haas. Com
Kristin Scot Thomas, Sean Penn. Estamos
na Itália, 1938, e num drama romântico
onde Kristin, em meio a intrigas políticas,
é cortejada pelo amigo inglês Edgar, mas
se apaixona por um americano. Inédito.
Moby Dick
SBT, 2h20.
(Moby Dick). Austrália/Inglaterra, 1998,
180 min. Direção: Franc Roddam. Com
Patrick Stewart, Henry Thomas, Gregory
Peck. Adaptação para TV do célebre
romance de Herman Melville sobre a luta
do capitão Ahab (Stewart) com a enorme
baleia branca, sua obsessão. A história é
dessas que, mesmo o filme não sendo
uma obra-prima, o espectador é levado
por sua força. E Franc Roddam teve o
bom-senso de dar um papel a Gregory
Peck, que fez Ahab no filme de 1956.
Queimando-se Lentamente
Globo, 3h30.
(Burn Slow). EUA, 1986, 92 min. Direção:
Mathew Chapman. Com Eric Roberts,
Beverly D'Angelo, Johnny Depp.
Detetive segue a pista do
desaparecimento do filho de seu cliente,
um artista plástico. De passagem, ele se
apaixona pela ex-mulher do cliente. Mas
o azar de ser detetive o persegue: ele
descobre que ela está andando com um
traficante da pesada.
(IA)
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