São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Festival exibe o filme apenas em cópia digital

PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA

O público que correu para assistir a um dos títulos mais esperados da 30ª Mostra de Cinema de São Paulo no fim de semana não pode vê-lo em condições adequadas. Nas duas sessões de "Still Life", vencedor do Leão de Ouro em Veneza (sábado, no cine Bombril, e domingo, no Unibanco Arteplex), foi projetada uma versão em DigiBeta, com problemas de imagem e, em especial, de som. Além disso, o filme foi exibido com a imagem distorcida, fora de seu formato original.
O fato alerta para uma questão que os festivais têm enfrentado com a disseminação da projeção digital. O problema não está na qualidade da projeção em si, mas na fonte do material projetado, muitas vezes aquém da qualidade final de um filme.
O catálogo do festival dizia que "Still Life" seria exibido em 35 mm. Nem na compra de ingressos nem antes da sessão, o público foi informado da projeção em DigiBeta.
Segundo a Mostra, os produtores de "Still Life", que haviam prometido o filme em 35 mm, só mandaram uma cópia digital. Isso explica o dado desatualizado no catálogo. Como a cópia em película não veio, a Mostra optou pela exibição digital para que o público pudesse ver o vencedor de Veneza. Quanto à imagem distorcida, foi um erro do projecionista.


Texto Anterior: 30º Mostra de SP - Crítica/"Still Life": Jia Zhang-Ke observa a China em mutação
Próximo Texto: 30º Mostra de SP: Diretor estreante propõe "mergulho na infância"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.