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Festival exibe o filme apenas em cópia digital
PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA
O público que correu para
assistir a um dos títulos mais
esperados da 30ª Mostra de
Cinema de São Paulo no fim
de semana não pode vê-lo em
condições adequadas. Nas
duas sessões de "Still Life",
vencedor do Leão de Ouro
em Veneza (sábado, no cine
Bombril, e domingo, no Unibanco Arteplex), foi projetada uma versão em DigiBeta,
com problemas de imagem e,
em especial, de som. Além
disso, o filme foi exibido com
a imagem distorcida, fora de
seu formato original.
O fato alerta para uma
questão que os festivais têm
enfrentado com a disseminação da projeção digital. O
problema não está na qualidade da projeção em si, mas
na fonte do material projetado, muitas vezes aquém da
qualidade final de um filme.
O catálogo do festival dizia
que "Still Life" seria exibido
em 35 mm. Nem na compra
de ingressos nem antes da
sessão, o público foi informado da projeção em DigiBeta.
Segundo a Mostra, os produtores de "Still Life", que
haviam prometido o filme
em 35 mm, só mandaram
uma cópia digital. Isso explica o dado desatualizado no
catálogo. Como a cópia em
película não veio, a Mostra
optou pela exibição digital
para que o público pudesse
ver o vencedor de Veneza.
Quanto à imagem distorcida,
foi um erro do projecionista.
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