São Paulo, quarta-feira, 31 de outubro de 2007

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Teatro

Filme acompanha Soleil em Cabul

DA REPORTAGEM LOCAL

Num livro publicado há dois anos, Ariane Mnouchkine diz ter o teatro como sua ilha, seu barco, mas se permite visitar o cinema em alguns momentos, desde os anos 70. No documentário "Un Soleil à Kaboul ...Ou Plutôt Doux", que o SescTV exibe hoje, dentro do ciclo dedicado à companhia francesa Théâtre du Soleil, a diretora está na frente das câmeras, junto aos atores.
Lançado em 2006, o filme acompanha a viagem da companhia ao Afeganistão, por conta de workshop e seminário. O encontro de culturas, gangorra entre Oriente e Ocidente, evolui para uma narrativa típica do Soleil. As chaves humanista e política vêm da terna relação com artistas locais, que logo decidem criar seu próprio núcleo, o Teatro Aftab.
A obra leva a reflexões sobre o papel do artista em geral na sociedade. Qual o sentido de fazer teatro em território afegão, entrecortado pela guerra civil, pela intolerância religiosa e pela ocupação estrangeira?
Em meio às precárias condições de vida material e cultural, o Solei entrelaça tradições do teatro do mundo, às vezes de filiações asiática ou européia. Resulta um projeto artístico para além da cena, como Porto Alegre e São Paulo viram há pouco em "Os Efêmeros". O filme é dirigido por Duccio Bellugi Vannuccini, Sergio Canto Sabido e Philipe Chevallier.


UN SOLEIL À KABOUL ...
OU PLUTÔT DOUX
Quando:
hoje, às 22h
Onde: Sesc TV


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