São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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CRÍTICA COMÉDIA

Filme previsível satiriza a antiga Alemanha Oriental

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O tema da Alemanha dividida tem longa tradição no cinema. Assim como os bem-sucedidos "Adeus, Lênin" (2003), de Wolfgang Becker, e "A Vida dos Outros" (2006), de Florian Henckel von Donnersmarck, também "Querido Muro de Berlim" mostra um pouco o mundo absurdo que era a Alemanha Oriental.
Em tom de comédia, o filme aborda a relação entre Franzi (Felicitas Woll) -uma estudante que acaba de se mudar para Berlim Oeste- e o guarda de fronteira Sascha (Maxim Mehmet), sargento do exército da Alemanha Oriental. Tudo acontece pouco antes de 9 de novembro de 1989, quando o muro finalmente caiu.
Os dois marcam encontros no lado oriental, mas são constantemente seguidos por agentes da polícia secreta, a temível Stasi, que chegou a ter 90 mil agentes e uma rede de 200 mil informantes que se ocupavam em delatar "suspeitos".
A intriga de espionagem é a responsável pelos melhores momentos. Além do controle permanente da Stasi, a CIA também se interessa pelo casal, o que rende outros momentos engraçados.
O problema é a previsibilidade, pois o "happy end" tem dia certo para chegar.


QUERIDO MURO DE BERLIM
DIREÇÃO Peter Timm
QUANDO hoje, às 16h, no Cine Olido; amanhã, às 16h10, no Espaço Unibanco; dias 3/11, às 20h20, no Unibanco Arteplex; e 4, às 18h, no Cine Livraria Cultura
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO regular




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