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Goiânia Noise é um foco de resistência com guitarras

Público da 17ª edição do festival é predominantemente jovem, como boa parte das bandas em cima do palco

THALES DE MENEZES
ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

Se o rock morreu, esqueceram de avisar a garotada que suou muito no 17º festival Goiânia Noise. Nas noites de sexta (2) e sábado (3), 36 bandas passaram pelo palco.

Cada noite terminou com uma atração peculiar. Na primeira, o quarteto californiano BellRays, uma banda de roqueiros brancos com uma poderosa cantora negra, Lisa Kekalua. Rock rápido como serra elétrica e uma voz divina por cima. Grande show.

No sábado, o encerramento teve outra voz negra, o veterano carioca Gerson King Combo. Resgatado dos anos 70 para as novas gerações, é o "James Brown brasileiro". Depois de quase 20 horas de rock, o festival caiu no soul.

Para o público, o favorito foi o Raimundos e seus muitos sucessos dos anos 90.

O Noise teve altos e baixos no palco, mas o que surpreende mesmo é a fidelidade do público, muito jovem. Uma legião cultivada há 20 anos pela Monstro, gravadora indie da cidade que criou a forte cena local -e o festival.

Muitos nomes são promissores, como a distorção viajandona do FireFriends e o ska pop de Peixoto e Maxado, ambos paulistas. De Brasília, o quase folk do The Neves e o rock de guitarra do The Pro.

Alguns dos melhores momentos foram de bandas que ainda vão lançar discos, como a pernambucana pesada Diablo Motor e dois grupos goianos: Galo Power e Space Truck. Bandas de moleques, nem aí para a agonia do rock.

Os paulistanos têm chance de ver hoje o BellRays.

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Confira os destaques do festival Goiânia Noise

folha.com/no1016717

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