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Crítica Rock Grouplove tem frescor das bandas com química certa LÚCIO RIBEIROCOLUNISTA DA FOLHA Depois de uma estiagem criativa, a música jovem americana apontou em 2011 alguns caminhos novos: um hip-hop menos luxuoso mas não menos autoconfiante; o dubstep, junção do cadáver do emo com eletrônica decadente; e um indie pop menos indie, mais pop, menos Brooklyn, mais Califórnia. Desta última turma, um bom destaque do ano que acabou foi o Grouplove, quinteto de Los Angeles que apareceu em 2010, teve um inspirado 2011, mas deve "pegar" mesmo em 2012. O grupo surfou na onda provocada pelo furacão independente Foster the People, outro exemplar indie pop californiano que fez ótimo uso das guitarras sem perder o bom humor e com a verve ensolarada da molecada de LA, que rende hits pegajosos. A Folha esteve no show de lançamento do disco de estreia do Grouplove, em setembro, no abarrotado Bowery Ballroom, em Nova York, onde os vocalistas Hannah Hooper (também tecladista) e Christian Zucconi (também guitarrista) estudaram arte. A banda é muito nova e tem muito a crescer ao vivo. Mas tanto o Grouplove de estúdio ou o Grouplove ao vivo tem o encantador frescor de bandas que sabem que têm a química certa e um punhado de canções muito boas. Além de serem da ensolarada Califórnia, dois fatores aproximam a banda de uma levada também artística. Primeiro porque Hannah Hooper, quando conheceu o parceiro Zucconi, ganhou uma residência em uma escola de arte da Grécia e o convidou a ir com ela. Lá, amadureceram a ideia da banda. Depois porque o baterista do Grouplove, que não por acaso é o produtor da banda, é Ryan Rabin, filho de Trevor Rabin, ex-guitarrista da banda psicodélica britânica Yes, ícone do rock progressivo. É no estúdio montado por Rabin pai que o Rabin filho produz discos da própria banda. O Grouplove anda fazendo tudo certo. Tem um primeiro álbum delicioso, é querido dos blogs, firmou um som consistente, grudou em Florence & The Machine como banda de abertura na turnê americana e cravou músicas em videogame e comercial. Em 2012, a banda deve tocar em shows nos EUA (fala-se que já está "colocada" no Coachella e no Lollapalooza) e em festivais britânicos, caprichar mais nos vídeos, lançar os singles na hora certa. E, quem sabe, aparecer no Brasil em algum festival. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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