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Crítica rock Banda exibe vigor juvenil em show sem firulas visuais O DVD mostra rock furioso, nervoso mesmo, e muito bem tocado: ótima moldura para a voz peculiar de Brian Molko THALES DE MENEZESDE SÃO PAULO Quando o fã de rock pensa em Placebo, a primeira coisa que vem à cabeça é Brian Molko. Ninguém é tão figuraça impunemente. "Brian é a filha que eu nunca tive", disse certa vez David Bowie, brincando com o visual andrógino do rapaz -e olhe que Bowie deve ser o maior especialista nessa área. Por isso é bom assistir ao DVD "We Come in Pieces", show do Placebo em Londres. Para lembrar que a banda é muito competente em ação. No palco, deixando arrogância visual e declarações bombásticas de lado, Molko prova que aprendeu bem como se faz rock. Aprendeu com Bowie, é claro, e com Marc Bolan e Roxy Music, isso só para restringir a conversa ao glam rock do início dos anos 1970. O show do Placebo não tem firulas. O trio titular fica à frente, com três músicos de apoio mais atrás e um telão com imagens descoladas para cada canção. E só. Molko praticamente não abre a boca no intervalo das músicas, não diz que a plateia é maravilhosa, não pede mãos para cima e nem dá deixa para que os fãs cantem sozinhos algum refrão. É uma canção atrás de outra, seguindo em um set list que não esquece nenhum álbum, mas destaca o CD mais recente, "Battle for the Sun" (2009), com nove músicas. Depois de 18 anos na estrada, o Placebo ainda exibe força criativa de moleque. O material de "Battle for the Sun" não perde em comparação a hits antigos como "The Bitter End" (2003) ou "Nancy Boy" (1996), que abre o show. Rock furioso, nervoso mesmo, e muito bem tocado. Uma ótima moldura para a voz peculiar de Molko. São 20 músicas rápidas, fechando com a letra safada de "Taste in Men". O público londrino aprova aos berros. O DVD traz como bônus seis canções registradas em shows de cinco países diferentes. As performances não mudam tanto. Serve mais como desfile fashion de Molko: rabo-de-cavalo no Japão, gorro de lã na Suíça e por aí vai. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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