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Trent Reznor grava trilha tão gélida quanto o filme

DE SÃO PAULO

As duas trilhas sonoras que o músico americano Trent Reznor criou para filmes de David Fincher surgiram de inspirações bem diferentes.

"Em 'A Rede Social', caras conversam com advogados ou teclam computadores. Em 'Os Homens que Não Amavam as Mulheres', há paisagens incríveis, mistério, sexo, violência e sexo violento", explica Reznor à Folha, de Los Angeles, por telefone.

Se, no segundo filme, ele se divertiu mais, foi com o primeiro trabalho que ele e seu parceiro Atticus Ross ganharam o Oscar no ano passado. Na edição deste ano, não foram indicados.

Reznor acha natural, porque a trilha de "A Rede Social" é "melódica". "Neste filme, o frio é quase um personagem. Quis fazer uma trilha tão gélida quanto as imagens na tela. Não é tão agradável como a trilha anterior."

Depois de dois anos trabalhando no cinema, deixando inativo seu projeto musical, Nine Inch Nails, não sabe se seguirá com as trilhas, embora os convites cheguem de todos os lados depois do Oscar.

"Não vou escolher pelo roteiro ou pelo dinheiro", diz Reznor. "O importante é a cumplicidade de ideias com o diretor. Estabeleci com David uma relação de confiança e criação muito forte."

O convite para "A Rede Social" surgiu "do nada". "Mas, agora, faço música para qualquer filme que ele pedir."

"Os Homens que Não Amavam as Mulheres" tem uma abertura estilo videoclipe, como nos filmes de 007, e traz Karen O, do Yeah Yeah Yeahs, cantando "Imigrant Song", do Led Zeppelin.

"Todos me elogiam, mas foi David quem sugeriu uma versão agressiva dessa música com Karen cantando. É como eu digo, David acerta quatro de cada cinco ideias que tem. Nunca vi alguém assim."

(THALES DE MENEZES)

Leia a íntegra da entrevista com Reznor folha.com/no1039768

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