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Crítica Drama David Fincher melhora livro de Larsson que já é muito bom THALES DE MENEZESDE SÃO PAULO Quando um livro com ótimo conteúdo precisa ser adaptado ao cinema, o ideal para o projeto é ter um diretor talentoso e detalhista para incrementar pequenas sacadas e preservar o material. Como David Fincher em "Os Homens que Não Amavam as Mulheres". Tudo o que há de bom no livro de Stieg Larsson está no filme, emoldurado de uma maneira impecável. O longa sueco de 2009, baseado na mesma obra, recebeu elogios da crítica à época. Hoje, virou rascunho comparado à versão americana. Quase tudo é melhor no produto de Fincher, a começar pela fotografia nas locações no norte da Suécia. Tons cinzas e azulados transportam a plateia para sentir frio com Daniel Craig. A edição deixa as mais de duas horas e meia de filme tão fluentes que a história não tem um momento de menor interesse, como o diretor já tinha conseguido em "Clube da Luta" e "A Rede Social". Mais uma vez, mostra talento para conduzir atores. Craig tem o melhor desempenho da carreira e o sueco Stellan Skarsgard está ótimo como o desprezível Martin. Mas a estrela maior é mesmo a novata Rooney Mara, presença magnética e atriz muito jovem numa caracterização desafiadora. O único item em que Fincher perde para a produção sueca é a cena de estupro. A versão sueca é crua, densa e angustiante. Fincher revela preocupação plástica nessa sequência e, ao tentar extrair atração sexual da violência, acaba chegando próximo ao pornô. Perde a mão. Pequenas mudanças no final do filme não merecem comentário, para evitar revelações da trama, mas, no balanço final, Fincher foi muito fiel ao livro. E fez arte com ele. OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES PRODUÇÃO EUA, 2011 DIREÇÃO David Fincher COM Daniel Craig, Rooney Mara ONDE Interlagos Cinemark, Penha Moviecom e circuito CLASSIFICAÇÃO 16 anos AVALIAÇÃO ótimo Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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