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Autora havaiana diz detestar sentimentalismo

RODRIGO LEVINO
EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Não é sempre que um romance de estreia toma proporções globais. É o que tem experimentado a havaiana Kaui Hart Hemmings, 35, autora da obra homônima que deu origem ao filme de Alexander Payne.

O livro já foi editado em nove países, inclusive o Brasil, onde chega às livrarias nesta semana.

Com uma prosa enxuta, Kaui trata de questões domésticas e desmitifica a vida no paradisíaco Havaí de modo muito assemelhado ao de autores americanos como John Updike.

Para isso, lança mão de um personagem que, na meia-idade, é chamado a assumir responsabilidades até então inéditas: domar as filhas, dar rumo à fortuna que herdou e lidar com a perda da mulher.

"Nós também sofremos com o trânsito e os crimes no Havaí. A imagem de cartão-postal permanece intacta no livro, mas acho que consegui acrescentar outras camadas", disse ela, em entrevista à Folha.

Kaui trabalhou durante oito meses com Payne, elaborando o roteiro do filme. Há de fato uma comunhão de linguagens.

O humor ácido e autodepreciativo do diretor casa à perfeição com o estilo literário da autora. "Detesto sentimentalismo", adverte ela, que acredita ser possível, como no romance, mudar hábitos e princípios calejados.

"Acho que essa é a esperança que devemos ter na vida, a de evoluir, deixar que pessoas, tristezas, tragédias e alegrias nos levem a lugares inesperados", diz. Ela, por exemplo, foi parar no Oscar.

OS DESCENDENTES

AUTORA Kaui Hart Hemmings

EDITORA Alfaguara

TRADUÇÃO Cassio Arantes Leite

QUANTO R$ 34,90 (304 págs.)

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