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Crítica na TV

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Cerimônia corta musicais, mas mantém o tom ultrapassado

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Foi um desastre a cerimônia do Oscar. Depois do vexame de Anne Hathaway e James Franco no ano passado, a Academia não quis arriscar e chamou Billy Crystal, pela nona vez, para comandar a festa. O resultado foi nostálgico e ultrapassado.

Atores apareceram falando de seus filmes prediletos, clipes lembraram clássicos, e o Cirque du Soleil exibiu uma coreografia cafoníssima em homenagem ao cinema.

As piadas de Crystal pareciam relíquias de outra era. Ironizou a idade de Christopher Plummer, entoou paródias de musicais e fez uma de suas emboloradas montagens em que contracena com os indicados. Deu sono.

A direção do show bem que tentou acelerar o ritmo, cortando os números musicais -bem no ano de Carlinhos Brown e Sergio Mendes- e encurtando apresentação dos prêmios. Mesmo assim, a cerimônia passou de três horas.

Foram poucos os momentos de emoção -exceções para os discursos de Meryl Streep e Jean Dujardin, aparentemente improvisados.

O assunto mais comentado foi a perna de Angelina Jolie, exageradamente esticada pela atriz para mostrar a magreza: triste exibicionismo.

Em um momento emblemático, Crystal apareceu numa montagem com Justin Bieber. "Vim aqui para ajudar com o público de 18 a 24 anos. O que faço?", perguntou Bieber. Crystal respondeu: "Nada, só fique aí parado por alguns segundos". É essa a estratégia da Academia para atrair o público jovem?

Nos EUA, prévias apontam para uma audiência parecida à do ano passado, com 38 milhões de espectadores. No Brasil, a cerimônia na Globo teve dez pontos de audiência, equivalendo a 580 mil pessoas na Grande São Paulo, um ponto a menos que em 2011.

CERIMÔNIA DO OSCAR
AVALIAÇÃO regular

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