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Ben Kweller lança quinto álbum por selo próprio

Letras sombrias e melodias alegres se misturam no disco "Go Fly a Kite"

Após dez anos em gravadora, Kweller tomou rédeas da carreira e tem planos de vir tocar no Brasil

IURI DE CASTRO TÔRRES
DE SÃO PAULO

Ben Kweller pode não ser um nome tão popular no Brasil, mas o rapaz de 30 anos acaba de lançar seu quinto álbum solo, além de ter um disco com a banda Radish, que ele fundou aos 13 anos.

Tanto tempo no meio musical deu uma coceirinha em Kweller, que decidiu radicalizar em "Go Fly a Kite", o novo disco: rompeu contrato de mais de dez anos com a gravadora ATO e fundou o próprio selo, o Noise Company.

"Sempre fui fascinado por esse lado da música, das gravadoras", conta o cantor e multi-instrumentista em entrevista à Folha.

"Quando era adolescente, ficava vendo todos aquelas gravadoras e pensava: 'Um dia quero ter o meu selo.'"

A demora em tomar as rédeas da própria carreira, segundo Kweller, foi porque ele "ainda não se sentia pronto". "É um passo grande", diz.

Contrato rompido, o músico teve de esperar mais de um ano para poder lançar "Go Fly a Kite", por problemas com a antiga gravadora.

A demora, no entanto, fez Kweller caprichar no trabalho, que ele define como uma mistura de tudo o que ele fez até aqui: pop, folk e country.

Começando pelo nome - uma expressão inocente para algo como "vá se ferrar"-, o álbum traz o que fez a fama do músico mundo indie: letras e melodias fofas sobre temas, às vezes, pesados.

"É um disco, basicamente, sobre amizade e amor", conta Kweller. "Falo daquelas grandes amizades que deixamos pelo caminho na vida, mas também dos amigos que mantemos perto da gente."

Casado com a namorada de adolescência, tema da canção "Lizzy", do disco "Sha Sha" (2002), e pai de dois meninos, Kweller diz fazer música para se sentir bem.

"Continuo escrevendo sobre as mesmas coisas que me faziam bem há um tempão, sem me preocupar em mudar isso por circunstâncias da minha vida, como filhos", diz.

SUCESSO

Mesmo tendo uma base de fãs grande (suas turnês vão do Texas, onde mora, ao Japão), Kweller nunca alcançou o mainstream.

"Não me preocupa, mas também não entendo a razão", diz. "Nunca toquei no Brasil, por exemplo. Tenho fãs por aí?", pergunta.

Com a resposta afirmativa, revela que está em negociação com um produtor de Maringá (PR) para tocar no país ainda neste ano. E pede uma indicação de distribuidora para lançar seu disco aqui.

"Está vendo? Para mim, fazer música é isso, uma troca bonita", conclui.

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