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Crítica Documentário Perfil de Anderson Silva esconde o homem por trás do lutador EDUARDO OHATADO PAINEL FC O documentário "Como Água", que estreia hoje em 160 salas, registra a preparação do brasileiro Anderson Silva para a sua mais dramática defesa do título de campeão no octógono do UFC. Ao mesmo tempo em que revela como é doloroso o treino para esse que é o principal torneio de MMA (em inglês, artes marciais mistas) do mundo, o filme esconde o homem por trás do lutador. Cada informação fornecida dá espaço para questões não exploradas. São imagens dos aquecimentos, sessões de sparring (treino com outros lutadores) e momentos de descontração entre treinadores e seus atletas. A desgastante rotina de promoção, com sessões de fotos, entrevistas e a cerimônia de pesagem, também ganha destaque. O momento mais revelador, no entanto, é aquele em que o homem considerado o melhor lutador do mundo pede "um minutinho" só para si, após passar por um duríssimo combate com o americano Chael Sonnen, e se ajoelha para fazer uma oração. Um bônus para a produção é que essa luta é considerada a melhor da história do MMA -a revanche está prevista para ocorrer no mês de junho. O filme esquece personagens que poderiam ter dado mais gravidade à história, como a tia Edith, que criou Anderson e moldou sua personalidade. Ela é mencionada só nos créditos finais. Em determinado momento, Anderson explica o mau humor comum a lutadores nos treinamentos: "Estou há três meses longe da minha família, de saco cheio". Após assistir ao filme, o próprio Anderson reconhece que não se viu na tela. "Acho que exagerei um pouco [na bronca que deu no amigo Dan Dan, após ele perder luta]." O documentário valeu ao diretor Pablo Croce, nascido em Washington e criado em Caracas, na Venezuela, o prêmio de melhor documentarista estreante no Festival de Tribeca de 2011 (EUA). Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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