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'Satyricon' de companhia de SP moderniza texto romano de 60 d.C.

Universo do original remete a relação de michês com o corpo

DA ENVIADA A CURITIBA

Difícil não se surpreender com a sintonia entre os fragmentos do romance "Satyricon", do romano Petrônio, que sobreviveram ao tempo e a companhia Os Satyros.

A obra escrita em 60 d.C. apresenta dois triângulos amorosos homossexuais. Além de dialogar com a temática erótica que projetou o grupo, retrata o mundo esfacelado que é caro ao grupo.

Adaptada por Evaldo Mocarzel e rebatizada de "Satyros Satyricon", a peça estreia hoje no Festival de Curitiba e em abril, em São Paulo. "Os protagonistas do texto original agem como michês do centro da cidade", diz o diretor Rodolfo García Vázquez.

"Seus corpos são tratados como mercadorias, algo muito contemporâneo", acrescenta Mocarzel.

Breno da Matta, que vive o protagonista, vai mais longe: "De uma forma ou de outra, somos todos prostitutos. Fazemos concessões até no modo de nos relacionarmos".

Vázquez faz de sua criação um projeto triplo, composto por duas instalações e um espetáculo performático.

O público primeiro faz uma espécie de tour por uma Roma contemporânea, espiando cenas insólitas, como a de um Jesus bêbado. Após a peça propriamente dita, a plateia é convidada a participar de uma festa em que os atores atuam como escravos do século 21.

"Façam o que quiserem com eles", atiça Vázquez. (GM)

SATYROS SATYRICON
QUANDO de hoje a 31/3, às 22h30
ONDE Espaço Cênico (r. Paulo Graeser Sobrinho, 305, Curitiba)
QUANTO R$ 20 a R$ 100
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

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