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Natal é vitrine da mesquinhez humana em "Pessoas Absurdas" Texto de Alan Ayckbourn mira egoísmo e desejos de ascensão COLABORAÇÃO PARA A FOLHA"Pessoas Absurdas", novo espetáculo de Alan Ayckbourn que está em cartaz na cidade, se desenrola em três noites de Natal consecutivas. Se as festas natalinas costumam fazer emergir o que as pessoas têm de melhor, este inglês, um dos autores vivos mais encenados do mundo, usa a festa para retratar o que elas têm de abjeto. A comédia apresenta três casais cujas relações são baseadas em interesses individuais. Os personagens se revelam ainda mais patéticos em um contexto comemorativo, desnudados em meio a sorrisos amarelos e diversos brindes de "Feliz Natal". O primeiro Natal transcorre na cozinha do casal mais simples, Jane e Sidney. Querendo melhorar de vida, eles convidam quatro amigos abastados para tomar parte da confraternização. O segundo se passa na cozinha de Eva e Geofrey, dupla em crise conjugal. Completamente absortos em seus desejos de ascensões individuais, os convidados não percebem as sucessivas tentativas de suicídio de Eva. O último Natal evidencia uma mudança social. A dupla menos abastada conseguiu ascender socialmente, e as outras duas passam por problemas financeiros. "A mesquinhez do casal rico, do primeiro Natal, agora é encontrada no casal que enriqueceu", explica o diretor, Otávio Martins. Ayckbourn faz um raio-x ácido da burguesia, extraindo humor de cenas constrangedoras. "O espectador acompanha até que ponto uma pessoa se expõe ao ridículo para se dar bem", sintetiza o diretor. Para a empreitada, ele reuniu um elenco afiado, composto por Ester Laccava (que há alguns anos emplacou um sucesso de público e crítica com outra comédia britânica, "A Festa de Abigaiu"), Fabiana Gugli e Marcel Airoldi, entre outros. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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