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Crítica Novela

'Máscaras' mostra a evolução da dramaturgia na Record

ROBERTO DE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Coube a Lauro César Muniz a difícil missão de "suceder", na Record, a "Avenida Brasil", da Globo. A novela no canal dos bispos entra no ar após os créditos finais da trama de João Emanuel Carneiro. Não é tarefa simples.

Parece que a troca de identidade entre herói e vilão (na Record) e entre mocinha e maldosa (na Globo) vai permear as duas tramas. Só que na Record nada está claro, tampouco parece que ficará num curto espaço de tempo.

Na primeira semana de exibição, "Máscaras" revelou que houve, sim, um avanço significativo na dramaturgia da Record. A direção é competente. A edição, ágil, prende a atenção.

Tecnicamente evoluiu. Mas é o texto de Lauro César Muniz que passa atestado de credibilidade e respeito. Ele não se rendeu ao expediente fácil de transformar os primeiros capítulos em uma vitrine exibicionista de apresentação dos personagens ("hello", Aguinaldo Silva).

Foi logo surpreendendo. De um lado, uma personagem complexa, com depressão pós-parto, que, dizem, tentou matar o recém-nascido. Do outro, referências a Lula, Dilma, corrupção em meio à ascensão do Brasil e à decadência americana.

Para costurar essa complexa teia, o elenco, capenga, ainda não entrou em sintonia -o acerto foram as cenas do insólito descasamento de Valéria Laje (Bete Coelho, simplesmente maravilhosa).

Por enquanto, o folhetim carece de um olhar mais atento. O tempo dirá se a competência do texto de Lauro César Muniz, aliada à caprichada direção geral de Ignácio Coqueiro, tem fôlego para sustentar toda a trama.

NA TV

Máscaras
Nova novela da Record
QUANDO de seg. a sex., por volta das 22h15
CLASSIFICAÇÃO não informada
AVALIAÇÃO bom

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