Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Crítica Disco Veia pop das canções se apoia em acertada sonoridade "vintage" RODRIGO LEVINOEDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA” COMO UMA COLCHA DE RETALHOS SONOROS, "MAKING MIRRORS" APROXIMA GOTYE DE PETER GABRIEL E PAUL SIMON Não fosse o sucesso do clipe de "Somebody that I Used to Know", que se aproxima de 200 milhões de visualizações no YouTube, é possível que o disco "Making Mirrors" tivesse passado despercebido pelo grande público. Seria uma tremenda injustiça. Pop e dançante, a sonoridade da obra se apoia em uma espécie de colcha de retalhos de samplers e referências "vintage", criando um amálgama sonoro que muito aproxima Gotye de Peter Gabriel, de Paul Simon e da melhor fase (ela existe, acredite) da carreira solo de Sting, no começo dos anos 1990. Percussão africana, instrumentos de corda e sopro antigos, além de trechos de músicas, como uma versão da década de 1940 de "Aquarela do Brasil", se juntam em canções como "I Feel Better", "Easy Way Out" e "Save Me". O resultado se torna ainda mais interessante por fugir do que se espera de um disco que, à primeira vista, seria de "world music". "I Feel Better", por exemplo, soa surpreendentemente como um soul à la Motown. Já "Eyes Wide Open" tem ritmo galopante como uma boa canção do grupo americano Talking Heads. Nas letras, Gotye é tão amplo quanto suas referências sonoras. "Making Mirrors" tem desde canções de amor até reflexões sobre a relação dos indivíduos com a modernidade e a tecnologia. Poderia ser um disco que atira para todos os lados, mas soa como um trabalho coeso e divertido. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |