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Polêmico, filme foi sucesso de público e crítica DO ENVIADO AO RIOAo levar mais de 3,3 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros, "Cidade de Deus" se tornou em 2002 o maior sucesso de bilheteria do país desde a retomada da produção nacional, em 1995, até aquele momento. A recepção positiva (com ecos em outros países) se repetiu entre os críticos. Naquele ano, o jornal britânico "Guardian" o definiu como "obra-prima" -mais tarde, o listaria entre os 25 melhores filmes de ação ou guerra de todos os tempos. Além de abrir portas para outros diretores e gêneros no exterior, "Cidade de Deus" foi indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e a quatro Oscars (fotografia, direção, roteiro adaptado e montagem), mas não venceu. No Brasil, gerou debates sobre ética e estética. Ivana Bentes, professora de comunicação e cultura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, cunhou o termo "cosmética da fome", em contraponto à "estética da fome" do cinema novo. Para ela, o filme se tornou um marco na discussão sobre a construção de discursos e imaginários em torno da pobreza no cinema nacional e sobre como filmá-la "sem cair na pieguice, no paternalismo, nos clichês". "Ele contribuiu para o 'folclore-mundo' em torno das favelas brasileiras e fez uma espécie de 'inclusão visual' [do local], mas é um cartão-postal perverso pelo negativo", diz à Folha. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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