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Músicas inéditas de Pixinguinha são lançadas em livro de partituras

Trio de pianistas as executam hoje no Rio e sexta e sábado em SP

JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Alfredo da Rocha Vianna Filho (1897-1973), o Pixinguinha, é, 115 anos depois de seu nascimento e quase 40 depois de sua morte, ainda uma generosa caixa de surpresas.

Nove composições suas ainda inéditas e outras 11 que estavam inacessíveis são agora lançadas em publicação do IMS (Instituto Moreira Salles) e Imprensa Oficial do Estado.

Esse pedacinho do repertório do choro será apresentado hoje no Rio e, na próximas sexta e no sábado, em São Paulo, pelos pianistas Benjamim Taubkin, Leandro Braga e Cristóvão Bastos.

A informação de que Pixinguinha deixou 194 composições ("Enciclopédia da Música Brasileira") é o ponto de partida: elas podem ser mil.

O trabalho de catalogação mal começou no IMS, que há 13 anos recebeu o arquivo pessoal do compositor e dele já extraiu arranjos de 36 peças do "Pessoal da Velha Guarda", programa de rádio no Rio de lá se vão 60 anos.

Pedro Aragão, musicólogo que dirigiu as pesquisas da atual edição, disse à Folha que o músico carioca era um tanto bagunçado no controle de sua própria produção. "Se era aniversário de algum amigo, lá ia ele com uma ideia musical na cabeça, que escrevia e deixava por lá mesmo."

A peça se perdia e hoje, com muita sorte, só pode ser recuperada de modo indireto, por meio de transcrições em poder de parceiros, de Raul Palmieri a Jacob do Bandolim, requerendo cuidadosos cotejamento e correção de notas captadas de ouvido.

Outra vertente desse material inédito inclui as linhas melódicas pelas quais Pixinguinha desafiava seus amigos a acompanhamentos de improviso. É o caso de "Procura que Achas" ou "Quebra-Cabeças", dois choros incluídos na atual edição.

INÉDITAS E REDESCOBERTAS

EDITORA IMS e Imprensa Oficial
QUANTO R$ 60
LANÇAMENTO hoje, às 20h, no IMS-RJ (r. Marquês de São Vicente, 476; Rio, tel. 0/xx/21/3284-7400); sex e sáb., às 21h, no teatro Fecap (av. Liberdade, 532, São Paulo, 0/xx/11/4003-1212)
QUANTO R$ 30 (hoje e sex.) e grátis (sáb., na Virada Cultural)

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