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"Homens de Preto" supera falhas no roteiro para lançar sua 3ª parte

Diretor diz que equipe teve de reescrever final e correr para garantir a presença de Will Smith

Com estreia em mais de 800 salas no Brasil, longa mostra viagem no tempo para evitar morte de agente secreto

Fotos Divulgação
Tommy Lee Jones (à esq.) e Will Smith
Tommy Lee Jones (à esq.) e Will Smith

DO ENVIADO A CANCÚN

O diretor americano Barry Sonnenfeld quebrou um braço nas filmagens de "As Loucas Aventuras de James West" (1999) e desmaiou no set de "Homens de Preto 2" (2002).

Ele teria todas as razões do mundo para não voltar a trabalhar com Will Smith, que protagonizou os dois filmes. "Mas sou um masoquista", brinca o cineasta, que não passou incólume na terceira parte da comédia, que estreia hoje em mais de 800 salas.

"Will me deu um encontrão e deslocou meu ombro", diz. "Dirigi o filme inteiro com dor. Ele é o maior cãozinho de estimação do mundo."

Mas a contusão foi uma das menores dificuldades para trazer a saga de volta aos cinemas, depois de dez anos.

Quando o roteiro estava sendo escrito, os produtores descobriram vários furos na história que vê J, o agente vivido por Smith, voltar no tempo para salvar o parceiro.

"A gente tinha até matado o vilão errado", revela Sonnenfeld. "Tivemos de reescrever os dois atos finais."

O problema é que Smith já estava comprometido com "After Earth", novo longa de M. Night Shyamalan ("O Sexto Sentido") e não poderia atrasar sua agenda.

"Will estava havia quatro anos sem filmar. Queríamos ser o novo trabalho dele. Não poderíamos perder essa oportunidade", diz o diretor.

Além disso, se as filmagens fossem adiadas, venceria o prazo dos descontos nos impostos concedidos pela Prefeitura de Nova York, no valor de milhões de dólares.

"Como a gente tinha um começo bom, decidimos começar mesmo assim e consertar ao longo do caminho."

A pressão foi tão grande que, no primeiro dia de trabalho, o cineasta caiu no choro. "Quero explicar que foram lágrimas de alegria", dribla.

"Homens de Preto 3" acaba sendo um Frankenstein sobre viagens no tempo. Há uma subtrama sobre o pai de J em 1969, ano para o qual viaja para impedir que um alien mate K (Tommy Lee Jones).

"Com o tempo, estou ficando sensível. Acho que é meu lado feminino. Quero que meus projetos tenham esse lado emocional", fala Smith.

Na viagem ao passado, há bons momentos: o encontro de Will Smith com Andy Warhol (Bill Hader) e a versão jovem de Tommy Lee Jones, recriada por Josh Brolin.

"Interpretar Tommy foi muito mais difícil do que interpretar George W. Bush", confessa Brolin, que nem conseguiu ensaiar com Jones, um dos atores mais mal-humorados de Hollywood. "Carrego uma foto dele sorrindo comigo", diz, rindo, Barry Sonnenfeld.

(RODRIGO SALEM)

O jornalista viajou a convite da Sony.

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