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Em forma, Beyoncé 'retorna' com espetáculo retrospectivo

Performance inaugurou cassino em Atlantic City, nos EUA

ADRIANA FERREIRA SILVA
EM ATLANTIC CITY (EUA)

Beyoncé ficou apenas quatro meses em licença-maternidade desde que sua filha nasceu, em janeiro. A pompa que cercou seu "retorno aos palcos" na última sexta, no primeiro de uma série de quatro shows que termina hoje, num cassino em Atlantic City, leva a crer, entretanto, que o hiato foi de anos.

A cantora foi a atração de inauguração -ou a "propaganda", como descreveu o jornal "The New York Times"- do Revel Resort, um complexo US$ 2,4 bilhões com um teatro para 5.500 pessoas, hotel, lojas e restaurantes, além de um labirinto de 12 mil m², no qual 2.500 máquinas de jogos eletrônicos se misturam a mesas de pôquer, roletas etc.

A volta de Beyoncé, no que por ora são seus únicos shows marcados para este ano, causou burburinho: os ingressos para os três primeiros dias, 13,5 mil bilhetes, foram vendidos em um minuto. Entre os VIPs da plateia, além de seu marido, o rapper e empresário Jay-Z, estava Michelle Obama. A primeira-dama chegou sob gritos e aplausos, no sábado, e ocupou um balcão com as filhas, Sasha e Malia -que dançaram durante as duas horas de apresentação.

Na estreia, na sexta, foi exibido um vídeo dos ensaios, no qual Beyoncé dizia para sua equipe como estava tensa: "Não quero ficar longe dos palcos por muito tempo para não perder a forma".

Exagero. Era como se ela nunca tivesse saído de cena. Dançou, sobre saltos altíssimos, suas mais famosas coreografias, incluindo a supersexy performance para a música "Dance for You".

Ela trocou de roupa seis vezes. Vestiu "hot pants" (microshorts com cintura alta), miniblusas e colãs grudados ao corpão, modelos assinados por Tamara Russo, da marca de luxo Ralph & Russo, que brilhavam com os milhares de cristais Swarovski neles incrustados.

Sem álbum novo, Beyoncé reuniu no repertório faixas de seus quatro discos e as mostrou cercada por um aparato tecnológico formado por gigantescos telões de LED, projeções de imagens que contracenavam com os mais de dez bailarinos e uma estrutura móvel de três níveis montada sobre o tablado, que destacava sua banda -formada somente por mulheres.

Fez homenagens a Donna Summer ("Naughty Girl"), morta há 11 dias, e a Whitney Houston ("I Will Always Love You"). Entre as cafonices dispensáveis, um vídeo exibiu uma retrospectiva de sua carreira, incluindo uma imagem da cantora embalando a filha, Blue Ivy.

Em essência, no entanto, Beyoncé tem uma voz poderosa, maior do que todo o marketing do tal retorno, e faz uma performance arrebatadora, ainda que calculada.

A jornalista ADRIANA FERREIRA SILVA viajou a convite da Sony Music Brasil

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