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Inédito de McEwan revive Londres da década de 1970

Segundo autor, período reflete busca de nova identidade na Inglaterra

"Ler algo que amamos é como amar a alguém", diz escritor, que aborda literatura em "Serena", prestes a sair no Brasil

DE BUENOS AIRES

O novo romance de Ian McEwan traz à vida a Londres da década de 1970. As ruas do Soho, o bairro de Camdem e os restaurantes da Charlotte Street se mostram em profunda transformação.

"Esse período é especial, foi uma época de busca turbulenta por uma nova identidade na Inglaterra. Ainda vivíamos olhando para o Império e a Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que enfrentávamos uma crise econômica e o terrorismo do IRA (Exército Republicano Irlandês)", diz.

O escritor crê que os dias de hoje trazem marcas daquele tempo, além de haver alguns paralelismos possíveis: a nova crise econômica, o terrorismo pós-11 de Setembro, o redesenho da Europa. "E, principalmente, a sensação de que ninguém sabe o que devemos fazer", completa.

LITERATURA

"Serena" é, ainda, um romance sobre literatura.

A protagonista entra nos personagens dos livros de Tom Healey, vive suas experiências, do mesmo modo como investiga sua intimidade. No final, uma reviravolta faz com que alguns papéis se mostrem invertidos.

"As razões pelas quais nos apaixonamos por personagens literários e romances são as mesmas pelas quais nos apaixonamos por pessoas, porque de certo modo são enigmas. Ler algo que amamos é como amar a alguém."

No Brasil, o romance sai com título diferente do original, "Sweet Tooth".

Isto porque a expressão, que em inglês designa alguém que gosta muito de doces (e, no livro é o codinome da missão dada a Serena), não encontra tradução em português. (SYLVIA COLOMBO)

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