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Crítica Aventura

Versão de livro de 1913 desperta nostalgia e ganha velocidade

DO CRÍTICO DA FOLHA

O lançamento na França, em setembro, de dois filmes baseados na mesma história demonstra que a chamada "crise de imaginação" não se limita a Hollywood.

O excesso de refilmagens, adaptações e roteiros baseados em fatos reais, que vem sendo interpretado como sinal de esgotamento criativo, repete-se onde se pretenda fazer cinema de mercado segundo fórmulas de sucesso.

A versão de "A Guerra dos Botões" que estreia hoje no Brasil toma por base (como seu concorrente, intitulado "A Nova Guerra dos Botões") o romance de aventuras do escritor francês Louis Pergaud (1882-1915), já filmado em 1936, 1962 e 1994.

Publicado em 1913, às vésperas da guerra, aborda temas como a inimizade e a intolerância, opondo dois bandos de crianças que planejam uma "guerra" no interior da França no final do século 19.

Nas mãos de Yann Samuell, realizador que nada mais faz que ilustrar situações, a história ganha cores e velocidade e tenta agregar valor "atualizando" o simbolismo político para a época da Guerra da Argélia (1954-1962) e representando a rebeldia adolescente por meio da emergência do rock.

Apesar desse esforço, o máximo que consegue é despertar nostalgia no público que tiver visto a adaptação feita em 1962 por Yves Robert.

Para as crianças do século 21, os combates com paus, a munição de frutas e os xingamentos adequados para menores vão parecer mais arcaicos que a Guerra de Troia.

A GUERRA DOS BOTÕES

DIREÇÃO Yann Samuell

PRODUÇÃO França, 2011

ONDE Reserva Cultural, Playarte Bristol e circuito

CLASSIFICAÇÃO 10 anos

AVALIAÇÃO regular

(CÁSSIO STARLING CARLOS)

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