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Crítica Ação

Em refilmagem de clássico samurai, diretor japonês cria cenas inesquecíveis

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Antes tarde do que nunca: com mais de um ano de atraso, "13 Assassinos" chega ao Brasil. Chance raríssima de assistir na tela grande a um filme de Takashi Miike.

Miike, 52, é um dos mais polêmicos cineastas japoneses, com uma carreira tão prolífica quanto variada. Em pouco mais de 20 anos, dirigiu cerca de 70 produções para cinema e TV. É conhecido por filmes de ação violentos, mas também fez longas infantis e de aventura.

"13 Assassinos" é refilmagem de um clássico dos filmes de samurai, dirigido em 1963 por Eiichi Kudo. O enredo não difere muito de outras produções do gênero, como "Os Sete Samurais" (1954), de Akira Kurosawa: em 1844, um grupo de 13 samurais é contratado para acabar com um sádico que aterroriza a população local, meio-irmão de um poderoso shogun.

O filme traz as marcas registradas do cinema de Miike: violência extrema, cenas de ação milimetricamente coreografadas, imagens impactantes, uso criativo do som e uma câmera que sempre busca ângulos inusitados.

Diferentemente da maioria dos filmes de ação modernos, o cinema de Miike, por mais violento que seja, tem a preocupação de criar personagens interessantes. Na primeira parte do filme, ele mostra o processo de seleção dos guerreiros, e dedica um bom tempo a apresentá-los.

Isso torna a carnificina que se segue ainda mais impactante e eleva o filme a um patamar além da simples violência de desenho animado.

"13 Assassinos" é uma avalanche de cenas inesquecíveis. A sequência final, uma batalha que dura 45 minutos, não deve nada a nenhum filme de samurai de Akira Kurosawa e Kihachi Okamoto.

13 ASSASSINOS

DIREÇÃO Takashi Miike

PRODUÇÃO Japão/Reino Unido, 2010

ONDE Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca e Pompeia

CLASSIFICAÇÃO 16 anos

AVALIAÇÃO ótimo

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