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Gênero desgastado, jazz volta à vida no Festival de Joinville

MILLOS KAISER
ENVIADO ESPECIAL A JOINVILLE (SC)

Depois de ser febre nos anos 1980, impulsionado por filmes como "Flashdance" e "Footloose", o jazz (o estilo de dança, não o ritmo musical) andava meio escanteado. "Passou a ser feio e cafona fazer jazz. O bacana virou fazer dança contemporânea", diz Fernanda Chamma, professora há mais de 20 anos.

A culpa, em sua opinião, foi do boom da ginástica aeróbica, ocorrido na década seguinte: "Dominou que nem praga. Muitas escolas fecharam. Colocavam lantejoulas, 'roupitchas' e pulavam que nem sapos achando que aquilo era dança. Não era".

Chegou-se a um ponto em que quase assinaram o atestado de óbito do estilo. Na edição de 2007 do Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo segundo o "Guinness", uma das mesas que mais causaram polêmica se chamava "O Jazz Morreu?".

No mesmo ano, Roseli Rodrigues, considerada referência da modalidade no Brasil, apresentou na cidade catarinense um espetáculo de... dança contemporânea.

Parecia que a resposta à pergunta proposta pela mesa era um fatídico "sim".

Eis que, neste 2012, na 30ª edição do evento, o jazz volta com força. As inscrições para a categoria na mostra competitiva aumentaram 240% em relação a 2007. "O fenômeno se deve à moda dos musicais no Brasil", acredita Ely Diniz, diretor do festival.

Dentre os 21 cursos oferecidos, o mais procurado foi justamente o Circuito Broadway. A ementa das aulas inclui coreografias de "Cats", "Hairspray" e "Chicago".

Um dos alunos é Jackson Kairon, 20, que viajou de Primavera do Leste, no Mato Grosso, para "aprender novos passos e técnicas". "Quero me mudar para o Rio de Janeiro e ser uma grande estrela de musical", conta.

O jornalista MILLOS KAISER viajou a convite do Festival de Dança de Joinville

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