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Máquina "transforma" títulos antigos em novos na Praça da República, em SP

MILLOS KAISER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um exemplar surrado de "O Xangô de Baker Street", de Jô Soares, vira um "Contos Paulistanos", de Antônio de Alcântara Machado, novinho em folha.

Já "A Incendiária", de Stephen King, transforma-se no compêndio "A Mulher e sua Épica Luta Contra o Machismo", de Judivan J. Vieira.

A mágica é feita pela Incrível Máquina de Livros, uma ação da 22ª Bienal do Livro de São Paulo, que será realizada entre os dias 9 e 19 de agosto, no Anhembi.

Na verdade, a "incrível máquina" é uma van com uma caixa dentro. A pessoa deposita um livro de sua coleção em uma abertura, aciona um botão vermelho e recebe um título novo em troca.

O veículo ficará estacionado na Praça da República, no centro de São Paulo, até o próximo domingo (29) e funcionará das 9h às 16h.

"Conseguimos doações de editoras do Brasil inteiro. A ideia é fazer com que o brasileiro leia mais", conta Marcos Rufato, um dos produtores responsáveis pela iniciativa.

300 livros estão disponíveis para distribuição diariamente. Uma vez esgotados, os que foram doados pelos usuários entram na roda. "Houve quem trouxesse 49 livros. Também teve muita gente trocando na fila", conta Rufato.

Luli Borges, 39, abriu mão de um tomo de "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust, por "Arquivo Artemis Fowl", de Eoin Colfer. Se ela ficou triste por trocar uma obra clássica por um livro infantil, meio "Harry Potter"?

"Não. O que importa é ter leitura nova. Fico deprimida quando não tenho o que ler."

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