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Flo Rida, novíssimo nome do hip-hop americano, fará shows no BR

Rapper vem a Manaus, Belo Horizonte e São Paulo em outubro

RAFAEL GREGORIO
DE SÃO PAULO

Batizado Tramar Dillard, o rapper Flo Rida - seu Estado natal e uma corruptela para "flow rider", algo como "guia do ritmo"- vem ao Brasil em outubro. Ele canta em Manaus no dia 5 e em Belo Horizonte e São Paulo, no festival Spirit of London, no dia 6.

Aos 32, Flo divulga seu quarto disco, "Wild Ones", lançado em julho, com temas customizados para as pistas como "Good Feeling" e "Whistle" -esta lidera o ranking americano do iTunes.

O sucesso do rapper de Miami está ligado à fluência com que ele une os mundos do rap e da eletrônica, mais afeito à festa, diferente dos seus colegas de Nova York.

"Meu hip-hop é mais ensolarado, tem mais melodia, e minhas raízes estão fincadas na música soul", define-se.

Letras que alternam rimas sincopadas e refrões melodiosos adornam bases com nuances de "house" -já fez parceria com o super-homem das pick-ups, David Guetta, em "Club Can't Handle Me".

"Ele ressuscitou o 'Miami Bass' de uma forma pop e retrô", analisa DJ Will.

O parceiro do rapper brasileiro Rael da Rima fala do subgênero do hip-hop americano, popular nos anos 1980, com letras lascivas e sequências programadas em precursores dos aparatos digitais. "Sua contribuição é maior para a 'dance music'."

No visual, a adesão à estética ricaça e marrenta da turma de Kanye West fica clara.

Flo Rida faz o tipo fortão tatuado e sempre na função. Nas entrevistas, balbucia respostas monossilábicas, explicitando o quanto possível um calculado desinteresse, como quem conta os minutos para voltar à boate.

Para ele, ostentar é viver: saltos de paraquedas em Dubai, joias, motocicletas e esportivos suntuosos acelerando no deserto, apenas para ficar no clipe de "Wild Ones".

Em casa, habita as colunas sociais com fanfarrices como aparições em lutas de WWE -uma versão abrandada do vale-tudo- e "chuvas de champanhe" nos shows.

Mesmo em um país assolado por uma resiliente crise econômica, ele não se vê desconectado. Acredita, pelo contrário, servir de exemplo.

"Sou a prova de que jovens negros podem alcançar o que miram. Não foi fácil para mim", diz, para emendar um enfezado "'No pain, no gain'."

"Good Feeling", que emula, no refrão, a voz de Etta James em "Something's Got a Hold on Me" -o que não passou sem acusações de heresia-, já é titular em rádios e baladas brasileiras de pop. "Wild Ones" também liderou o ranking do iTunes por aqui.

Em 2010, o rapper gravou no Rio de Janeiro o vídeo de "Turn Around", com garotas à Mulher Melão -ela mesma, uma figurante- rebolando em uma praia. "As pessoas tentando ser legais o tempo todo", diz, sobre o que guardou do Brasil. Logo tem mais.

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