Coleção evoca a força dramática e bela das canções de Edith Piaf

Edith Piaf (1915-1963) foi mais que uma cantora. Seu legado é considerado até hoje pela crítica como a síntese do espírito francês moderno.

A moça humilde e de baixa estatura se transformaria no maior símbolo da música francesa do século 20. Os modos quase teatrais de dar vida a uma canção são relembrados no quinto volume da Coleção Folha Grandes Vozes, que chega às bancas no próximo domingo, 26/8.

Seus breves e intensos 47 anos de vida foram marcados pela entrega completa ao amor e à música. No álbum, são relembradas canções de sucesso da artista, como "La Vie en Rose", "C'est Toi le Plus Fort" e "Le Vagabond".

Piaf iniciou a carreira aos dez anos, cantando o hino francês nas ruas de Paris. Ao longo da vida, comporia outros tantos hinos ao amor.

A cantora foi descoberta em 1935, aos 20 anos, cantando em uma rua do bairro

boêmio de Pigalle, por Louis Leplée, dono de um cabaré frequentado pela burguesia parisiense. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "La Môme Piaf" (o pequeno pardal).

Para o poeta Jean Cocteau, ela era o "rouxinol da França". "Como um rouxinol invisível em seu galho, ela mesma se torna invisível. Há apenas seu olhar, suas mãos pálidas e a voz que se dilata, cresce e gradualmente a substitui", disse Cocteau.

Piaf participou de diversos filmes, contracenando com grandes nomes do cinema francês, como Jean-Louis Barrault. Os filmes, em sua maioria, a tinham como personagem principal.

Sua vida dramática e repleta de música e tragédias amorosas originou grandes longas, como "Piaf, Um Hino ao Amor" (2007), que rendeu um Oscar a Marion Cotillard.

Entre as décadas de 1940 e 1960, a francesa gravou cerca de 300 canções compostas por ela ou para ela.

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