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BUTANTÃ
Rodoanel potencializa crescimento imobiliário
Terrenos que margeiam a rodovia Raposo Tavares valorizaram 20%
DA REPORTAGEM LOCAL
A construção do Rodoanel
-que teve o primeiro trecho
entregue em 2002- foi um dos
fatores que impulsionaram a
valorização do Butantã e dos
terrenos que margeiam as estradas interligadas, mas o entorno mais próximo do complexo viário ainda não saltou
aos olhos de incorporadores e
potenciais compradores.
As novas vias de escoamento
do tráfego aliviaram o movimento de veículos maiores nas
ruas internas do Butantã, ressaltando o atrativo da "qualidade de vida" para os que buscam
um imóvel na região.
"Naquelas ruas, hoje, circulam 10% do número de caminhões que passavam por ali antes", dimensiona Celso Amaral,
sócio da Amaral d'Avila.
Além disso, observa Fábio Filho, da diretoria de marketing
do Secovi-SP (sindicato da habitação), o Butantã ficou mais
para "dentro" da cidade, deixando de ser visto como bairro
muito periférico.
"Tornou-se um trecho de ligação para quem vem da rodovia Castello Branco e vai para a
Raposo Tavares", exemplifica.
E não foi só o Butantã que colheu frutos com a interligação
de rodovias. Terrenos localizados nas margens das estradas
conectadas, sobretudo da Raposo Tavares, e em um raio de
até 15 km do Rodoanel valorizaram "20% acima da inflação"
nos últimos quatro anos, calcula Luiz Paulo Pompéia, sócio da
Embraesp (Empresa Brasileira
de Estudos de Patrimônio).
Para Feliciano Giachetta, sócio da FGi Negócios Imobiliários, a quantidade de lançamentos, sobretudo de residenciais de casas, na região da
Granja Viana (altura do km 22
da rodovia Raposo Tavares)
cresceu com o Rodoanel,
abrangendo não só um padrão
mais alto de empreendimentos
mas também o médio -"imóveis na faixa dos R$ 200 mil".
Entorno estacionado
Mas o desenvolvimento do
mercado imobiliário no entorno colado no Rodoanel ainda
não decolou. "É uma incógnita", sentencia o auditor de investimentos Bernd Rieger.
"O sistema viário não tem a
eficiência para os usuários locais de que todos gostariam."
Nas imediações do anel viário, um fator limitante para o
surgimento de imóveis é a proibição de acesso direto do Rodoanel para os lotes que o margeiam, lembra Pompéia. "Só
pode ser feito pelas rodovias."
O complexo teve efeito negativo sobre unidades de condomínios na rodovia Castello
Branco. "Algumas tiveram as
obras paradas no meio, pois o
investimento em uma casa de
alto padrão não compensaria
com a janela se abrindo para a
fumaça e o barulho dos caminhões", diz Pompéia.
(EV)
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