São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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CONDOMÍNIO

Elevador moderno é caro, mas compensa

VALDETE DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A descoberta de que os elevadores são um dos grandes vilões na conta de energia dos condomínios, especialmente após o racionamento, impulsionou os fabricantes a criarem acessórios e equipamentos que otimizam o uso e reduzem as despesas.
Estimativas de administradores de condomínios e fabricantes revelam que os elevadores consomem entre 20% e 25% da conta de energia, em média, podendo chegar a 35% nos prédios que têm equipamentos ultrapassados. A modernização pode reduzir as despesas em até 40%.
Os elevadores mais modernos, introduzidos no país há dez anos, consomem entre 5% e 10% da conta de energia. São movidos pelo sistema de frequência variável (VVVF), que potencializa o uso do motor e faz com que gastem menos nas partidas e nas frenagens (momentos que consomem mais), além de garantir suavida- de e nivelamento nas paradas.
O VVVF e outros vários acessórios, que permitem desde uma melhor performance do equipamento até a programação dos comandos de forma a evitar a duplicidade ou a multiplicidade de chamadas, podem ser instalados em elevadores antigos.
O diretor da administradora de condomínios Itambé, Luís Henrique Ramalho, orienta uma boa pesquisa de preços antes de fechar negócio. "São despesas elevadas e não podem ser assumidas sem planejamento."
Um dos 121 prédios que a Taquari administra desistiu de modernizar seus elevadores, despesa orçada em R$ 233 mil. "Cada morador arcaria com R$ 11 mil, um valor alto para ser assumido em pouco tempo", explica o gerente Mário Monteiro.
Para o gerente da Atlas Schindler Adriano Kluwe, uma saída é fazer os serviços por partes. Mas a reeducação dos moradores deve vir primeiro. "Desperdícios como a multiplicidade de chamadas, que aciona o arranque do motor várias vezes, comum em prédios com crianças, elevam o consumo em até 15%."



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