São Paulo, domingo, 23 de julho de 2006

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Abertura minimiza "efeito Encol"


DA REPORTAGEM LOCAL

Segurança, especialmente ao comprar um imóvel que nem começou a sair do chão. Esse é um "efeito colateral" dos novos investimentos que deverá beneficiar quem quiser adquirir a casa própria.
"Haverá mais sofisticação e controle da qualidade dos produtos", argumenta o arquiteto Wilson Marchi. "Dificilmente um empreendimento dará errado. As incorporadoras passam a ter a meta de atender a busca por lucratividade dos acionistas."
Transparência, então, passa a ser uma palavra de ordem no mercado imobiliário, dizem os especialistas.
"As empresas que abrem capital são obrigatoriamente auditadas", explica Sérgio Rossi, diretor da Rossi. "Não há mais o traço negativo deixado pela Encol. Uma compra de imóvel na planta passa a ter um risco muito menor para o comprador."
"As regras das transações são mais claras", faz coro Sandra Ralston, presidente da consultoria Jones Lang LaSalle. "Os próprios corretores têm de se qualificar mais, pois as empresas passam a exigir profissionais diferenciados."
Para Celso Amaral, sócio da Amaral d'Avila, esse quadro pode movimentar também as incorporadoras e construtoras menores. "Quem não conseguir capital barato e tecnologia não vai sobreviver", sentencia.
"As grandes tendem a se fortalecer, mas há muito mercado. Várias pequenas vão desaparecer, mas elas terão a opção de nichos específicos que não interessam tanto às maiores, como empreendimentos menores em bairros de periferia."
E, para fazer esse tipo de lançamento, podem até contar com parcerias das grandes, lembra Marchi. "Uma grande incorporadora "empresta" sua grife a uma pequena em troca da expertise desta em determinado tipo de negócio ou região", diz.


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