São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Zoneamento estimula "gigantismo"

DA REPORTAGEM LOCAL

A tendência de turbinar o terraço ficou mais acentuada com a nova Lei de Zoneamento. Como ela é mais restritiva quanto ao máximo de área que se pode construir nos terrenos, eles têm de ser maiores para permitir prédios mais altos ou mais torres. Só com muitos apartamentos o investimento compensa para a incorporadora.
Em um lote espaçoso, apostar em uma área de lazer diferenciada ou em terraços gigantes "cobre" o eventual encarecimento do apartamento aos olhos do comprador, que valoriza esses itens.
"Os terrenos encareceram", crava Gilberto Benevides, diretor da Company. "Antes, era possível edificar três ou quatro vezes a área do lote, e, agora, são duas ou duas vezes e meia, e há pagamento de outorga onerosa", explica. "Você fazia 40 unidades, agora só faz 20. O preço dos apartamentos subiu."
Para piorar a rentabilidade dos novos projetos, eles ainda concorrem com empreendimentos aprovados sob os parâmetros da lei anterior, mas só lançados agora. O preço desses apartamentos não sofreu a ação do custo maior dos terrenos.
Erguer mais torres em lotes maiores ajuda a minimizar os custos do incorporador por gerar "economia de escala na compra de material e no uso de mão-de-obra", observa João Freire d'Avila Neto, sócio da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.


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