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Zoneamento estimula "gigantismo"
DA REPORTAGEM LOCAL
A tendência de turbinar o
terraço ficou mais acentuada
com a nova Lei de Zoneamento. Como ela é mais restritiva quanto ao máximo de
área que se pode construir
nos terrenos, eles têm de ser
maiores para permitir prédios mais altos ou mais torres. Só com muitos apartamentos o investimento compensa para a incorporadora.
Em um lote espaçoso,
apostar em uma área de lazer
diferenciada ou em terraços
gigantes "cobre" o eventual
encarecimento do apartamento aos olhos do comprador, que valoriza esses itens.
"Os terrenos encareceram", crava Gilberto Benevides, diretor da Company.
"Antes, era possível edificar
três ou quatro vezes a área do
lote, e, agora, são duas ou
duas vezes e meia, e há pagamento de outorga onerosa",
explica. "Você fazia 40 unidades, agora só faz 20. O preço dos apartamentos subiu."
Para piorar a rentabilidade
dos novos projetos, eles ainda concorrem com empreendimentos aprovados sob os
parâmetros da lei anterior,
mas só lançados agora. O
preço desses apartamentos
não sofreu a ação do custo
maior dos terrenos.
Erguer mais torres em lotes maiores ajuda a minimizar os custos do incorporador por gerar "economia de
escala na compra de material
e no uso de mão-de-obra",
observa João Freire d'Avila
Neto, sócio da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.
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