FREE-LANCE PARA A FOLHA

Com os métodos de aquecimento disponíveis no mercado (solar, a gás e elétricos, com bombas ou trocadores de calor e tradicional -leia ao lado), é possível usar a piscina por nove meses, e não só no verão.
O mais econômico é o solar, segundo informações do engenheiro Rodrigo da Cunha Trindade, da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento. "Depois, o elétrico com bombas ou trocadores de calor e, por último, o a gás."
O aquecimento solar funciona a partir de coletores de energia. Diferentemente do que se imagina, o sistema não aquece toda a água da piscina, mas repõe as perdas de calor. Sempre que a temperatura dos coletores for maior que a da água, uma bomba é acionada automaticamente, forçando a circulação da água pelos coletores.
Mas é bom lembrar que leva sete dias para aquecer a água (cuja média de temperatura é de 28C), e a bomba deve funcionar ininterruptamente. O engenheiro Rodrigo Cunha Trindade faz outra ressalva. "É inconcebível usar aquecedor solar e não usar a capa térmica, pois a água perde calor."
Maior fabricante de aquecedores solares do Brasil, a Soletrol calcula em R$ 6.000 o gasto para a instalação das placas coletoras para uma piscina de 8 m x 4 m x 1,30 m. A bomba que faz a água circular pelos coletores consome, em média, 160 kWh, o que representa uma conta de energia mensal de R$ 40.
O sistema elétrico com bombas ou trocadores de calor funciona como um ar-condicionado invertido: retira o calor do ambiente e o transfere para a água. De acordo com a empresa Piscina e Sossego, a instalação do equipamento sai por R$ 6.300. O consumo mensal de energia é calculado em R$ 160.
Se a escolha for pelo sistema a gás, o condomínio poderá obter os equipamentos em comodato (empréstimo gratuito) por cinco anos. Mas é preciso que o condomínio seja cliente da Comgás e que tenha aprovado o estudo de Viabilidade Técnica e Econômica, o que, segundo a empresa, ocorre em 95% dos casos.
O custo mensal para aquecer uma piscina de 8 m x 4 m x 1,30 m é de 350 metros cúbicos de gás, cerca de R$ 480. Para solicitar o serviço, o síndico do prédio deve ligar para a Comgás e pedir a presença de um técnico -a visita pode demorar uma semana. A instalação deve ser concluída, em média, em 60 dias.
Com o método elétrico, em baixa em função da crise energética, o condomínio gastaria cerca de R$ 1.500 com equipamentos, segundo a Thermo Acqua. O gasto com energia variaria de R$ 1.200 a R$ 2.050.
(LEILA ARAÚJO)


Texto Anterior: Segmentação: Mercado investe em apartamento "single"
Próximo Texto: Na zona sul, aluguel fica 11,5% mais caro
Índice