São Paulo, quarta-feira, 02 de setembro de 2009

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Companhias desenvolvem mecanismos de avaliação

DA REPORTAGEM LOCAL

Trabalhar com análise de sentimentos envolve, principalmente, subjetividade. Mas empresas que fazem isso têm que procurar, em declarações de usuários de internet, pistas que podem se tornar uma moeda de troca para o mercado.
Afinal, se é possível identificar que o público alvo de um produto está falando negativamente sobre ele, é hora de marqueteiros e publicitários entrarem em ação.
"Nosso time de pesquisa já passou mais de dez anos identificando subjetividade em textos. É uma combinação de anotações detalhadas de um corpo de informações com um entendimento sobre a estrutura das frases", afirmou à Folha Larry Levy, cofundador da Jodange, empresa que desenvolve aplicativos de negócios com o objetivo de entender quem influencia clientes, concorrentes e mercado.
"O futuro da internet não será servido apenas pelo tipo de interface do Google. Os usuários vão procurar lentes específicas, dependendo do que eles estão fazendo", completa.
Entre as aplicações práticas oferecidas, estão o monitoramento da mídia, tanto a tradicional, que inclui jornais, sites e revistas, quanto a social, que engloba blogs e redes.
"A capacidade de arrastar centenas de milhares de fontes de opinião para um assunto específico, usando modelos sofisticados para correlacionar esses pareceres e sugerir um resultado, é extremamente valioso para os mercados financeiro, cinematográfico e publicitário. É possível até analisar o impacto que as opiniões têm em preços de ações", diz Levy.
A Synomos (synomos.com) se propõe a fornecer soluções para negócios baseadas em análise de mídias sociais. "Sentimento é um problema difícil, não apenas para máquinas mas também para humanos. Nosso mecanismo automatizado tenta reconhecer diferentes nuances de positivo e negativo em uma escala de zero a cem", disse à Folha Nilesh Bansal, cofundador da Synomos.
A importância do trabalho se dá, principalmente, entre marqueteiros, anunciantes e gerentes de marca.
"Cada corporação gasta uma quantidade significativa de dinheiro promovendo suas marcas com a expectativa de aumentar o sentimento positivo diante delas. No entanto pouco é feito para medir o impacto desse dinheiro em relação à mudança do sentimento com o tempo", afirma.
Ele acrescenta que mecanismos de análise podem servir para avaliar o ciclo de desenvolvimento de um produto. Se a Canon diz que vai lançar um telefone incorporado às câmeras, a tecnologia do sentimento pode descobrir rapidamente que os consumidores gostam da qualidade das lentes, mas não gostam do tamanho da câmera, exemplifica Bansal, acrescentando que as opiniões podem servir para melhorar o portfólio da empresa. (DA)


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