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Uso compartilhado pode gerar invasão de hacker
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O usuário que permite o uso do
seu micro por um sistema de
computação compartilhada não é
prejudicado quando realiza tarefas pessoais. Os programas de
compartilhamento só entram em
ação quando o PC não está sendo
usado.
Nesse caso, o sistema Mersenne
(por exemplo) assume o computador do usuário e garante que a
capacidade de processamento
dessa máquina só seja utilizada
enquanto ela estiver ociosa.
Assim que o programa detecta
que a máquina está livre para uso,
ele começa a baixar e analisar os
dados enviados por outro micro,
para, logo depois, mandar os resultados para a central. Se o usuário precisar usar o PC por qualquer motivo, basta tocar no mouse ou em qualquer tecla e a execução da tarefa é interrompida automaticamente.
À primeira vista, o sistema parece não prejudicar o desempenho
do micro. Mas é importante lembrar que, assim como qualquer
sistema de rede, os projetos de
computação em grade são vulneráveis a ataques, tornando os arquivos armazenados em todos os
computadores interligados acessíveis a hackers.
É o que mostra um relatório divulgado no mês passado pela
SkuLined, consultoria especializada em segurança de software,
que detectou uma falha no SETI
@home. Segundo o relatório, o
programa traz uma falha que permitiria a hackers tomar o controle
do micro.
Ao emprestar capacidade de
processamento de seu micro para
os projetos, o internauta poderá
ter problemas de espaço, uma vez
que fragmentos encriptados (codificados) de milhares de outros
arquivos ocuparão bytes do seu
disco rígido. Ou seja: sobrará menos espaço para os documentos
do usuário.
Vale a pena correr o risco? Depende. Em alguns casos, seria
possível ganhar dinheiro ao permitir o uso do computador pessoal. Há projetos de serviços que
pagariam alguns centavos de dólar por minuto de utilização.
Outras situações podem ser
mais lucrativas. Michael Cameron, o descobridor do número
primo de 4 milhões de dígitos, recebeu um prêmio de US$ 50 mil.
Um prêmio de US$ 100 mil será
destinado ao dono do PC em que
acontecer a descoberta de um número primo com 10 milhões de
dígitos.
(FB)
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