São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2006

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Robôs humanóides atuam como babás, DJs e músicos

DE NOVA YORK

Antiga utopia -ou delírio- futurista, os robôs estão de volta. Na feira de tecnologias emergentes NextFest, a robótica tentou aproximar os mecanismos à aparência humana, com pele, cabelo, unhas, expressões faciais e até mesmo roupas de grife.
Esqueça as tarefas domésticas, as perigosas ou a exploração do espaço. Os robôs agora servem para dançar, conversar com o dono, tocar instrumentos com interpretação e animar festas no papel de DJs. Isso mesmo: mixar vinis a noite inteira sem ficar cansado. Ao todo, foram apresentados 12 robôs do Japão, dos EUA, da Coréia do Sul e do Reino Unido.
Um dos mais populares é o japonês Actroid, da Kokoro, que fala inglês e japonês. A criatura mexe as pálpebras, as sobrancelhas e as falanges e tem movimentos com precisão humana e natural, nada de Robocop. Profissão: recepcionista e babá.
O Juke Bots, da Robotlab, é o DJ. Tem dois braços articulados que, além de trocarem discos de vinil, mixam as músicas e produzem efeitos conforme as batidas. Outro robô musicista, o YPTRATRPY, criado por dois ex-alunos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), faz o papel de uma orquestra. Toca cordas, metais e xilofone. "As pessoas não conseguirão interpretar minha música. Não queria um som eletrônico, mas instrumentos reais. Os robôs podem tocar rapidamente sem ter de estudar a partitura", diz Christine Southworth, especialista do MIT e uma das criadoras do sistema.
Chris Anderson, da revista "Wired", organizadora da feira, diz que robôs sempre foram populares, mas não funcionavam. "A não ser nos filmes", afirmou.
O robô coreano Alex Hubo tem o rosto do físico Albert Einstein (1879-1955), com pregas, rugas e bigode branco. Principal habilidade: andar com mobilidade sobre duas "pernas". Com silhueta feminina, o Partner Ballroom Dance Robot, da Tohoku University, é um pé-de-valsa. Acompanha o parceiro em passos de dança com a promessa de nunca pisoteá-lo. (VQG)


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