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Robôs humanóides atuam como babás, DJs e músicos
DE NOVA YORK
Antiga utopia -ou delírio-
futurista, os robôs estão de volta. Na feira de tecnologias
emergentes NextFest, a robótica tentou aproximar os mecanismos à aparência humana,
com pele, cabelo, unhas, expressões faciais e até mesmo
roupas de grife.
Esqueça as tarefas domésticas, as perigosas ou a exploração do espaço. Os robôs agora
servem para dançar, conversar
com o dono, tocar instrumentos com interpretação e animar
festas no papel de DJs. Isso
mesmo: mixar vinis a noite inteira sem ficar cansado. Ao todo, foram apresentados 12 robôs do Japão, dos EUA, da Coréia do Sul e do Reino Unido.
Um dos mais populares é o
japonês Actroid, da Kokoro,
que fala inglês e japonês. A criatura mexe as pálpebras, as sobrancelhas e as falanges e tem
movimentos com precisão humana e natural, nada de Robocop. Profissão: recepcionista e
babá.
O Juke Bots, da Robotlab, é o
DJ. Tem dois braços articulados que, além de trocarem discos de vinil, mixam as músicas
e produzem efeitos conforme
as batidas. Outro robô musicista, o YPTRATRPY, criado por
dois ex-alunos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), faz o papel de uma orquestra. Toca cordas, metais e
xilofone. "As pessoas não conseguirão interpretar minha
música. Não queria um som
eletrônico, mas instrumentos
reais. Os robôs podem tocar rapidamente sem ter de estudar a
partitura", diz Christine Southworth, especialista do MIT e
uma das criadoras do sistema.
Chris Anderson, da revista
"Wired", organizadora da feira,
diz que robôs sempre foram populares, mas não funcionavam.
"A não ser nos filmes", afirmou.
O robô coreano Alex Hubo
tem o rosto do físico Albert
Einstein (1879-1955), com pregas, rugas e bigode branco.
Principal habilidade: andar
com mobilidade sobre duas
"pernas". Com silhueta feminina, o Partner Ballroom Dance
Robot, da Tohoku University, é
um pé-de-valsa. Acompanha o
parceiro em passos de dança
com a promessa de nunca pisoteá-lo.
(VQG)
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