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Software foca criança de 18 meses
JULIANO BARRETO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Existem vários jogos e softwares para o público infantil disponíveis no mercado brasileiro, mas
a idade mínima para o uso deles
não é limitada uniformemente
pelas produtoras e distribuidoras
nacionais.
Nas prateleiras das lojas, estão à
venda programas destinados a
crianças com idade a partir de um
ano e meio.
Para Vanessa Alexandre, supervisora do Serviço de Atendimento
ao Cliente da distribuidora especializada Anasoft (www.anasoft.com.br), há uma precipitação em
lançar títulos para tal público. "É
muito complicado desenvolver
um software para crianças de um
ano de idade. Elas têm níveis de
criatividade, de lógica e de concentração muito pequenos", diz.
Ela também adverte para os risco do uso precoce de computadores: "Isso força muito as crianças.
Só dos três anos em diante é que já
podemos considerar seguro".
Essa opinião não é compartilhada por Andréa Caran, diretora da
Divertire (www.divertire.com.br), outra distribuidora voltada
para o mundo infantil. "Quando
falamos que o software é para
crianças de 18 meses, as pessoas
acham absurdo, mas o produto
foi todo desenhado para eles.
Quando a criança mexe no mouse, ela não precisa ter a coordenação motora fina para clicar exatamente sobre um ícone".
Andréa também afirma que
seus filhos Bruno, 1, e Bruna, 3,
usam os jogos de computador e
considera ótimos os resultados alcançados por eles.
"Meu filho mais novo brinca no
meu colo e, apesar de nem falar
direito, ele canta, bate palmas e
imita os os personagens na tela".
Apesar da falta de consenso das
empresas em relação à idade mínima para começar, ambas garantem que os programas podem
ser usados sem problemas pelas
crianças. "O produto não exige
supervisão dos pais, ele é feito para que a criança possa usá-lo sozinha. Porém se divertir com seus
filhos é sempre um momento de
convivência muito agradável",
afirma Andréa Caran.
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